Embora a quantidade de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul tenha diminuído o ritmo, as chamas ainda ameaçam a natureza e comunidades que vivem perto das matas. É o que acontece na região da Serra do Amolar, na Barra do São Lourenço, e no Porto da Manga, onde as equipes lutam diariamente contra o fogo.
Até o dia 21, o acumulado de pontos de calor captados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) somava 1.457. O número está 27% menor que no mesmo período do ano passado, quando já haviam sido contabilizadas duas mil ocorrências.
No acumulado de 2020, Mato Grosso do Sul tem 7.907. No total ainda há um crescimento importante, de 6%.
FRENTE DE BATALHA
Bombeiros e brigadistas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) tiveram que recuar ontem no Porto da Manga. O fogo não cessava e as condições de navegabilidade do Rio Paraguai foram prejudicadas por conta do vento forte, colocando as equipes em risco.
Os trabalhos recomeçaram nesta terça-feira (21) na tentativa de controlar o avanço da queimada me meio á vegetação pantaneira.
Na Serra do Amolar, o fogo ameaça uma comunidade próxima. No local, o combate às chamas conta com ajuda de bombeiros paranaenses.
Mais cinco profissionais subiram para aquela região hoje para reforçar o efetivo e tentar extinguir o fogo. Esses dois pontos são considerados os mais críticos do Estado.
Queimadas são problemas na vegetação de Mato Grosso do Sul ano após ano. As chamas surgem por interferência humana e se alastram rapidamente na época de pouca chuva e baixa umidade relativa do ar.
Ano passado houve 11.653 incêndios florestais no Estado, mas o pior índice foi registrado em 2002, quando 15.543 focos surgiram ao longo de todo o ano.