O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) aceitou e oficializou nesta sexta-feira (16) mais uma denúncia contra Jamil Name e Jamil Name Filho na Operação Omertà. Os dois, agora, são réus pelo assassinato do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson de Figueiredo.
Outro também apontado pelo tribunal como réu pelo crime é Fahd Jamil. A execução foi em junho de 2018 na avenida Guaicurus, em Campo Grande.
Figueiredo, na época, com 62 anos, foi perseguido e morto dentro do carro com vários tiros, inclusive, de fuzil.
De acordo com Ministério Público Estadual (MPE), o crime foi encomendado por Fahd Jamil e executado pelo suposto grupo criminoso chefiado pelos Name.
A denúncia oferecida pelos promotores foi baseada em investigação da força-tarefa liderada pela Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras).
Conforme a investigação, o motivo seria uma vingança pela morte de Daniel Jamil Georges, filho de Fahd. Ele desapareceu em 2011 e foi declarado morto no ano passado. Ilson teria sido um dos responsáveis por esse desaparecimento.
A denúncia pedia a prisão preventiva de Jamil Name e o filho, além de Fahd Jamil e outros quatro envolvidos, mas o juiz Aluízio Pereira dos Santos negou. Os réus, agora, têm prazo para a defesa.
O que dizem as defesas
O advogado de defesa de Jamil Name, Tiago Bunning, argumentou que não sabe de qualquer nova denúncia feita contra seu cliente. Ele ainda falou achar um absurdo a mídia ser informada antes que defesa seja notificada judicialmente. O advogado ressaltou que apenas falará quando existir uma oficialização formal sobre o caso.
Já a defesa de Fahd Jamil, por meio do advogado Fábio Ricardo Mendes, informou que seu cliente é inocente e que não participou dos fatos narrados na denúncia. Por fim, ela alega que durante o processo criminal, será comprovada sua inocência.
O Correio do Estado tentou entrar em contato com a defesa do acusado Jamil Name Filho, porém até o momento desta publicação não obteve retorno.