Após oitos de dias de combate intenso, os focos de incêndios na região da Serra do Amolar - que fica do lado sul-mato-grossense - foi controlado por militares do Corpo de Bombeiros e brigadistas voluntários e do Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com o analista ambiental do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Alexandre Pereira, o fogo se concentrou na ilha Ínsua, próximo ao POrto do Índio, área que pertence a tribo indígente Guató.
Ainda conforme Pereira, os incêndios iniciaram com raios que atingiram a região do Parque Nacional do Pantanal, que fica no Mato Grosso. Dessa vez. A área atingida era única que ainda não tinha sido afetada pelas chamas.
O trabalho é realizado em duas frentes, sendo uma do lado mato-grossense, no Parque do Pantanal e outro do lado sul-mato-grossense, na Serra do Amolar. Foram utilizados dois helicópteros do Ibama que teve a função de despejar água nas chamas, 15 brigadistas do Prevfogo, dois do Instituto Homem Pantaneiro, outros dois da Organização não Governamental Ecologia em Ação (Ecoa), além da participação do Bombeiros, que contou com cinco militares.
“Hoje (8), esses incêndios já foram controlados, porém estamos fazendo um monitoramento da área. Por exemplo, ontem fizemos uma ronda noturna para que não ocorra a reignição do fogo e ele volte a assolar a região. Portanto, esse trabalho com uma equipe durante toda noite que acabou sendo completada por outros brigadistas nesta manhã. Agora, vamos permanecer na região com esse trabalho de vigilância e resfriando às áreas mais quentes”, explicou.
Motivo das queimadas
Pereira explica que uma parte dos incêndios foi causada por raios que atingiram a região no Mato Grosso e por focos remanescentes das queimadas anteriores.
“Tudo isso somou com uma não ocorrência de chuvas, ou com pouco volume, nessa região norte do Pantanal sul-mato-grossense, que fez com que esses incêndios permanecessem ou até mesmo surgissem, como no caso do raio”, afirmou.
De acordo com a meteorologista, Franciane Rodrigues, em outubro choveu mais do que foi esperado em Corumbá, a estimativa era de 76,1 milímetros e o volume atingiu 120,8 mm.
Rodrigues detalha que mesmo com alto volume de chuva, nos últimos dias de outubro foi verificado uma intensa atividade elétrica sem chuva.
Segundo a meteorologista, isso ocorre porque para gerar um raio não é necessário a presença de chuva, apenas nuvens de médio a grande porte.
Previsão do tempo
Segundo o meteorologista da Estação Meteorológica da Uniderp, Natálio Abrahão, uma frente fria do litoral do país vai atingir Mato Grosso do Sul na próxima semana, com chuvas isoladas e fortes, com queda de granizo no sul.
Já na região de Corumbá e Ladário, a instabilidade pode ocasionar raios e ventos intensos até a terça-feira (10). O fim de semana, porém, como já observado, foi de forte calor e poucas nuvens, devido à presença de massa de ar quente em todo o Estado.
“Qualquer formação de nuvem que seja de médio porte possui atividade elétrica sem necessariamente chover. Isso ocorre porque dentro da nuvem há correntes ascendentes e descendentes, o qual as gotas acabam se atritando. Quando a nuvem está saturada de carga elétrica ela dispara”.
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