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IBGE

Inflação de Campo Grande fecha março em 0,93%, acima da nacional

Aumento no preço de combustíveis foi o que mais impactou para puxar a inflação

9 ABR 2021 • POR Glaucea Vaccari • 13h16

Campo Grande fechou o mês de março com inflação de 0,96%. Pela terceira vez consecutiva no ano, a inflação da Capital ficou acima da nacional, que foi de 0,93%

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice foi impulsionado pelo reajuste no preço dos combustíveis, principalmente o etanol e a gasolina, que tiveram alta de 17,58% e 11,5%, respectivamente. No ano, a gasolina acumula alta de 21,51%.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta em março.

Os combustíveis estão inseridos no grupo Transportes, que teve aumento de 4,47%, após já terem registrado alta de 2,85% em fevereiro, sendo o maior do mês.

Apesar da inflação dos combustíveis, houve deflação no transporte por aplicativo (-3,49%) e no automóvel novo (-1,25%).

Vestuário vem na sequência, como o segundo grupo com maior impacto na inflação, com alta de 0,95%.

Habitação foi o terceiro grupo com maior variação, de 0,66%, impactado principalmente pelas altas nos subitens mudança (7,94%), gás de cozinha (4,25%) e detergente (1,14%). 

O preço do gás de cozinha é o que mais tem pesado no bolso do consumidor no ano, acumulando inflação de 13,08% no trimestre e de 20,34% nos últimos 12 meses. 

Ainda neste grupo, apresentaram maior queda o amaciante e alvejante, com -4,28%, o cimento, com -3,20% e o sabão em barra -2,85%.

Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,35%, sob influência de produtos farmacêuticos (2,11%), plano de saúde (0,73%) e os serviços laboratoriais e hospitalares (0,56%).

O grupo dos Artigos de residência apresentou aumento de 0,17% na Capital, puxado pelo subitem computador pessoal (2,77%) e televisor (1,6%). Em contrapartida, houve queda de preços no fogão (-2,83%) e ar-condicionado (-3,08%).

Também tiveram alta os grupos de comunicação (0,22%) e artigos de residência (0,17%).

Na outra ponta, o grupo Alimentação e bebidas desacelerou e registrou queda de 0,96%, assim como Educação, que registrou -0,62% após a alta de 3,74% observada no mês anterior. 

A alimentação no domicílio apresentou queda de 1,26%, influenciada principalmente pelo recuo nos preços do tomate (-25,50%), da batata-inglesa (-18,66%), do arroz (-4,5%) e do óleo de soja (-2,07%). Por outro lado, os ovos de galinha (7,02%) seguem em alta.

Já a alimentação fora do domicílio teve uma queda de -0,04%, impactada pelo recuo nos preços do lanche (-1,79%) e da cerveja (-0,98%) e a alta de refeição (0,69%).

Em Educação, os cursos diversos tiveram alta de 0,28%, enquanto os preços dos cursos regulares caíram 1,07%, influenciados especialmente pelo resultado do ensino superior (-3,26%).

No ano, inflação acumulada é de 2,05% em Campo Grande, enquanto nos últimos 12 meses variação acumulada é de 6,10%.