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MATO GROSSO DO SUL Folha de pagamento do Estado aumentou 72% em cinco anos Em 2015, governo gastava R$ 542 milhões por mês com salários, agora, custo atinge R$ 755 milhões 19 ABR 2021 • POR Da Redação • 08h30

O comparativo entre as folhas de pagamento do governo de Mato Grosso do Sul, que engloba servidores da ativa e também aposentados, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020 indica um aumento de 72,26%. 

A inflação do mesmo período foi de 45,74%.

Se em 2015 o governo de Mato Grosso do Sul tinha uma despesa de R$ 542,8 milhões por mês (o governo calcula R$ 6,5 bilhões por ano), em 2020 a soma dos pagamentos subiu de patamar: chegou a R$ 755,9 milhões (quase R$ 9 bilhões ao ano). 

O valor é quase o dobro do orçamento de Campo Grande, que é de R$ 4,6 bilhões.  

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A administração estadual também indica que, no mesmo período, houve uma redução no número de servidores estaduais: eram 52.852 no fim de 2014, e em dezembro de 2020 eram 48.247, redução de 8,71%.  

O governo estadual afirma ter concedido, no acumulado de cinco anos, reajuste linear de 6,07%, mas desde 2016 fez acréscimo mensal do abono salarial de R$ 100 até R$ 250 (dependendo da categoria), o que ajudou a complementar a renda do servidor.  

Em outra frente, foram concedidos promoções, correções de distorções salariais, planos de cargos e carreiras e valorização das categorias, que eram discutidas de forma individual com cada segmento.

Ações

O governo estadual divulgou que somente em 2019 foram 3.375 promoções de servidores efetivos em Mato Grosso do Sul. 

Foram contemplados funcionários de 27 unidades da gestão.

Em relação ao ano passado, o governador Reinaldo Azambuja anunciou em outubro mais 3,7 mil promoções em diferentes categorias em secretarias, autarquias e fundações estaduais, entre eles bombeiros e policiais civis e militares.

Também houve investimento na contratação para áreas essenciais, como segurança pública, educação e saúde. Desde 2015, foram admitidos mais de 5,2 mil servidores por meio de concursos públicos e quase 500 por contratações temporárias.  

A administração estadual cita como exemplo de aumento nos rendimentos os professores da Educação Básica. Segundo o governo, a remuneração da categoria teve uma elevação de 110% nos rendimentos no contracheque, saindo de R$ 1.767,21 (20 horas semanais), em dezembro de 2014, para R$ 3.723,13, a partir de 1º outubro de 2020. 

“Foram concedidas à classe 7.339 promoções de concursados”.

O governo também informa que houve a posse de 1.155 professores concursados e que o pagamento de 1/3 da hora-atividade para a categoria, que estava pendente desde 2013, atingiu uma quantia de R$ 21 milhões.  

“A lei ainda fez uma mudança no sistema remuneratório, que passou a ser por subsídio, o que englobou tudo em um único valor. Ainda houve a progressão funcional da categoria em relação ao tempo de serviço da carreira para evolução no seu nível”, informou o governo.

Política

Já os agentes da Polícia Civil, segundo o governo, tiveram acréscimo de 23,04% (salário) em relação à revisão geral. Foram realizadas 3.326 promoções neste período (cinco anos), com a posse de 260 novos servidores concursados. 

“A partir de 2019 ainda foi instituída a promoção automática por merecimento, sem limite de vagas. Foi mantida a aposentadoria especial, com garantia de paridade e integral”, informa a administração estadual.

Na mesma instituição houve o reajuste de 33,56% aos delegados, que em 2016 conseguiram aumentar as vagas de promoção, com redistribuição entre as classes e uma elevação de 5% nos níveis de progressão funcional. 

Já os peritos oficiais foram contemplados com 28,57% de reajuste na tabela (cinco anos), enquanto os peritos papiloscopistas chegaram a 37,01% de aumento, com mais 10% nas promoções.

O mesmo porcentual (37,01%) de reajuste foi concedido aos agentes de polícia judiciária e científica, que tiveram o aumento de 9% nas vagas de promoções até 2018 e no ano seguinte (2019) a elevação na carreira ficou sem limite de vagas.

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