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OPERAÇÃO MAMON Esquema de lavagem de dinheiro na fronteira com a Bolívia é desmontado pela Polícia Federal Grupo movimentou mais de R$ 20 milhões com tráfico e contrabando 29 ABR 2021 • POR Beatriz Magalhães • 10h17

Foi deflagrado nesta quinta-feira (29) pela Polícia Federal a Operação Mamon nas cidades de Corumbá, Belo Horizonte (MG) e Quinta do Sol (PR). 

A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro.

Quinze mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 60 policiais federais e, simultaneamente, foram apreendidos 61 veículos e quatro imóveis. Os bens foram avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões. 

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As investigações apontam que o grupo ostenta um elevado padrão de vida e vale de um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal o esquema envolve sistema bancário, operadoras de crédito, cheques, compra e venda de veículos, e transações em espécie. Somente em 2020, os criminosos teriam movimentado mais de R$ 20 milhões.  

O grupo também usa laranjas e empresas de fachada para ocultação de bens e valores provenientes de diversos crimes como tráfico de drogas e contrabando. 

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal de Campo Grande e a ordem judicial também determinou a suspensão de atividades econômicas de quatro empresas de fachada, além do bloqueio de valores em contas bancárias. 

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de capitais e organização criminosa. As penas, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão. 

OPERAÇÃO MANON

Mamon é a transliteração da palavra hebraica “Mamom”, a qual significa 'dinheiro' ou 'riquezas'. 

O termo é popular em estudos bíblicos, os quais personificam Mammon como um dos sete príncipes do inferno, associado ao pecado capital da ganância. 

Segundo a teoria, aqueles que praticam ilícitos com o fim de acumular bens e ostentá-los, à exemplo do que fazem estes investigados, são ditos “servos de Mammon”.

A Polícia Federal afirma que em razão da situação de pandemia da COVID-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com  distribuição  de  EPIs  a  todos  os  envolvidos  na  missão,  a  fim  de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares. 

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