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Mudança Entenda como funciona pedágio Free Flow O projeto de Lei foi aprovado pelo Senado e tramita na Câmara dos Deputados 5 MAI 2021 • POR Thais Libni • 16h40

Como funciona o FREE-FLOW (FLUXO LIVRE)?

O projeto de lei "Free Flow"estabelece novas regras para pedágios nas rodovias, colocando uma cobrança proporcional à quilometragem percorrida,  podendo ser mais  prático e moderno para os condutores.  

Apresentado na Câmara em 2011,  a proposta do senador Esperidião Amin (PP-SC) estabelecia apenas a isenção para moradores de determinado município ou que nele exercesse atividade econômica, que precisassem atravessar uma praça de pedágio próxima, mas passou por diversas mudanças.

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Atualmente, os pedágios cobram valor fixo por veículo conforme a categoria (moto, carro, caminhão e outros automóveis). O projeto de lei trata de rodovias e vias urbanas.

O projeto conhecido como free-flow (fluxo livre, em inglês), opera por meio de pórticos  instalados na rodovia, com identificação automática e eletrônica dos veículos. 

A detecção de cada veículo é feita mediante a Identificação por Radiofrequência (RFID) ou por câmera de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR).  

Vantagens

O presidente da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Vander Costa, explica que o investimento na modalidade proporcionaria benefícios significativos a todos os usuários, uma vez que haveria maior número de pagantes e caberia a cada um deles uma tarifa inferior à atualmente cobrada.

“A adoção do método de tarifação por quilômetro percorrido – com recurso à detecção dos veículos e respectiva cobrança em free-flow – contribui para a equidade entre os diversos usuários das vias, sendo igualmente vantajosa para as concessionárias”, defende Vander Costa.

De acordo com a publicação da CNT, o sistema também pode ser um aliado na questão ambiental. A redução do tempo de deslocamento e de ações de frenagem e de aceleração reduzem consideravelmente a emissão de gases poluentes. 

As estruturas das praças de pedágio e a presença de caixas e seguranças, reduz o contato entre motoristas e colaboradores das concessionárias, o que seria recomendável em tempos de distanciamento social por conta da pandemia da covid-19.

Porém, a análise da CNT alerta que, apesar dos benefícios, o que pode dificultar a implantação do sistema no Brasil é a tendência de aumento do número de usuários inadimplentes.

Dificuldades

A análise da CNT alerta que, apesar dos benefícios, o que pode dificultar a implantação do sistema no Brasil é a tendência de aumento do número de usuários inadimplentes. 

“A necessidade de instalação da TAG para o cadastro dos usuários pagantes é uma das principais causas da eventual evasão, já que os usuários não cadastrados também conseguem circular livremente pela via.”

A publicação sublinha que, como forma de combater tal evasão, deve-se prever que os usuários não regularizados tenham os seus veículos reconhecidos pela placa, por meio de 0CR, sendo-lhes facultado fazer o pagamento devido posteriormente.

Tramitação

O projeto foi aprovado pelo Senado na noite da quarta-feira 10 de março de 2021 e reencaminhado para a Câmara dos Deputados aonde precisará ser votado novamente.

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