Levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas mostra que a maioria dos brasileiros, 56,7%, são favoráveis a pena de morte. Dentro deste índice, a maioria que concorda com a punição, 59,5%, só possui o Ensino Fundamental completo.
Foi utilizado para os resultados uma amostra de 2 544 habitantes do país, sendo classificados de acordo com o sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica.
A pergunta exata foi: "O(A) Sr(a) é a favor ou contra a pena de morte para assassinos bárbaros?".
Dentro da parcela de quem respondeu que sim, a maioria foram homens (61,8%), de 35 a 44 anos (58,9%), com Ensino Fundamental (59,5%), economicamente ativo (57,3%) e moradores da região Sul (60,4%).
Os que responderam que não foram 37,3% dos entrevistados. As características que mais foram contrários à pena foram mulheres (40,8%), de 16 a 24 anos (38,3%), com Enisno Superior (46,7%), não economicamente ativo (37,8%) e da região Nordeste (41,8%).
Não sabe ou não opinou foram 6%.
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Nas regiões Norte e Centro-Oeste, 54,0% foram favoráveis, 39,4% contrários e 6,6% não sabe ou não opinou.
A amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95%, com margem de erro estimada em 2% para os resultados gerais.
O levantamento dos dados foi feito através de entrevistas telefônicas, com habitantes de 16 anos ou mais, em 26 Estados e Distrito Federal. Foram 228 municípios brasileiros ouvidos entre 14 a 19 de maio de 2021.
Pena de morte no Brasil
A Constituição brasileira só prevê a pena máxima para casos de guerra declarada, como descreve o inciso 47 do artigo quinto.
A última vez que a pena de morte para crimes civis foi aplicada no Brasil foi em 1876. Depois, foi retirada do Código Penal com a Proclamação da República em 1889.
Dessa forma o país foi a segunda nação das Américas a abolir a punição, perdeu apenas para a Costa Rica, que retirou a pena em 1859.