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Controvérsias Depois de votar a favor, Rose agora diz ser contra fundão eleitoral Dagoberto Nogueira, Fábio Trad, Loester Trutis e Vander Loubet e as senadores Simone Tebet e Soraya Thronicke votaram contra aumento bilionário 18 JUL 2021 • POR Thais Libni • 14h23

Após a deputada federal Rose Modesto (PSDB) votar a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que prevê o aumento do Fundo Eleitoral de 2022 de aproximadamente R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, parlamentar grava vídeo dizendo ser contra aumento.

Em sua declaração nas redes sociais, Rose diz ser totalmente contra o aumento do fundo eleitoral e relembra que em 2019 votou contra e continuará com o mesmo posicionamento, no entanto justifica seu voto a favor por outras demandas a qual a LDO englobava.

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"Votei a favor da aprovação para compra de vacinas contra covid-19, mais dinheiro para a saúde e incluído previsão de aumento salarial para os agentes de saúde e de endemias".

Diferente do que a parlamentar faz parecer quando explica que votou a favor do fundão eleitoral por estar refém de outras demandas, a LDO poderia ser aprovada sem o aumento para campanhas políticas, isso porque o Congresso Nacional teve a oportunidade de separar a votação ao aprovar o destaque, mas a medida foi rejeitada pela maioria.

Acompanhando Rose, votaram deram aval para o aumento, os deputados tucanos Beto Pereira e Bia Cavassa, do bolsonarista Dr. Luiz Ovando (PSL) e do senador Nelsinho Trad (PSD).

Na contra mão, os deputados federais; Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD), Loester Trutis (PSL) e Vander Loubet (PT) e as senadores Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL) votaram contra o aumento.

No fim de sua justificativa, Rose destaca que os parlamentares que votaram contra a LDO, votaram contra tudo, dando a entender que essses se negarão a atender outras demandas além do fundo eleitoral.  

"Eu sou contra o aumento do fundão e em dezembro vai ser definido e quem votou contra, votou contra tudo que a LDO englobava", frisou.

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2020

Em 2020, ano de eleição municipal, o Congresso tentou emplacar uma transferência de quase R$ 4 bilhões. Mas teve que recuar por causa da repercussão negativa e do desgaste político. O valor foi então estabelecido em R$ 2 bilhões.

O valor almejado por líderes partidários para o fundo em 2022 também é bem superior ao repartido em 2018, última campanha para eleição presidencial e do Congresso. Em 2018, os recursos somaram cerca de R$ 2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibra o jogo democrático.

Para as eleições de 2018 foi criado então o fundo eleitoral, de R$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões com correção pela inflação), que se somou aos recursos já existentes do fundo partidário, em torno de R$ 1 bilhão.

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