A partir de agora, estados e municípios deverão seguir rigorosamente os intervalos entre as doses das vacinas contra a Covid-19 previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI), sob pena de responsabilidade futura.
A orientação foi feita através de nota tripartite de gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), como o Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
"O sucesso da vacinação depende da atuação sinérgica, harmônica e solidária entre os níveis federal, estadual e municipal, além da colaboração imprescindível da sociedade civil e dos meios de comunicação", apontou o documento.
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Conforme os gestores, após aplicação da primeira dose em toda a população adulta, pessoas com 18 anos ou mais, essa análise na redução dos intervalos entre 1º e 2º dose será feita.
Em 14 de julho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) retrocedeu na decisão de antecipar o reforço vacinal e orientou aos municípios que o PNI fosse seguido. Contudo, os municípios possuem autonomia e continuaram com a antecipação.
A medida foi tomada na tentativa de diminuir os índices de internações e abaixar o número de infecções pelo coronavírus.
O PNI recomendou prazo de 28 dias entre as duas doses da Coronavac, 12 semanas entre a primeira e segunda dose da AstraZeneca e 12 semanas entre as duas doses de Pfizer. A vacina da Janssen é aplicada em dose única.
Com a antecipação, a 2ª dose da Coronavac estava sendo acessada 15 dias após a 1ª dose; a da Pfizer, 8 semanas após a primeira; e a da AstraZeneca, 8 semanas após a 1ª vacina.
Agora, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) informou que deverão seguir a normativa da tripartite a partir do mês de agosto, já que essas recomendações ainda não foram feitas oficialmente aos estados e municípios.
A Capital vem antecipando a segunda dose desde maio deste ano, e deverá fechar o mês de julho com programação prevista antes da nota técnica.
Vacinação de adolescentes
Além disso, após a distribuição de, pelo menos, uma dose em todos os grupos prioritários, a ordem por faixa etária será decrescente, e que, após a conclusão do envio de doses para a população adulta, serão incluídos os adolescentes de 12 a 17 anos, com prioridade para aqueles com comorbidades.
Os adolescentes com comorbidades em Mato Grosso do Sul foi autorizada pela SES e já acontece no Estado desde 18 de junho.
Contudo, a aplicação dos imunizantes no público sem comorbidades dependerá das deliberações feitas pelo PNI.