A Fiat evoluiu a picape que revolucionou o mercado no Brasil. A Toro 2022 tem opção de motor turbo nas versões flex e continua com o consagrado motor diesel e com tração nas quatro rodas. Novo design, novo interior, mais tecnologia e mais segurança fazem parte das mudanças na nova Fiat Toro.
No acumulado deste ano, o modelo já ultrapassa 34 mil unidades vendidas no primeiro semestre. Testamos a versão Ranch 4x4, que traz desenho mais moderno, incluindo nova grade com o logo script e a Fiat flag, novas referências da marca no Brasil.
Para acompanhar as mudanças, novo capô, novas rodas, para-choque de impulsão, além do interior renovado, com novo painel de instrumentos, agora digital de 7” para todas as versões, e nova multimídia de 10,1”, que mais parece um tablet na verdade, para interagir e comandar diversas funções do carro.
Como tecnologia, o modelo traz carregador de smartphone sem fio e a nova central multimídia é posicionada na vertical, oferecendo plataforma completa de serviços conectados, o que é inédito no mercado brasileiro. De forma remota, o proprietário tem todas as informações na palma da mão, no seu celular.
Evolução
A picape tem assistentes de condução que formam o Sistema Avançado de Assistência ao Condutor (Adas), com frenagem autônoma de emergência, aviso de mudança de faixa e comutação automática dos faróis, equipamentos de auxílio ao motorista que oferecem mais conforto na condução e, principalmente, mais segurança para condutor e passageiros. Há ainda faróis Full LED e sistema de iluminação.
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Motor eficiente
Na parte mecânica, no caso do carro avaliado, sem novidades.
O consagrado motor multijet 2.0 turbo diesel, que rende seus 170 cv com 35,7 kgfm de torque e câmbio automático de nove velocidades, é mais do que suficiente para empurrar a Toro. Afinal, as versões a diesel carregam até 1.000 kg na caçamba.
A velocidade final é limitada em 189 km/h, e acelera de 0 a 100 km/h em pouco mais de 12 segundos, conforme a montadora informa.
A versão Ranch tem preço sugerido de R$ 188.990 no site e não possui opcionais para aumentar o preço. O que faz o valor pular para R$ 191.490 é a escolha da cor, no caso da avaliada, azul jazz, R$ 2.500 a mais, assim como todas as outras cores metálicas.
Porém, se optar pelo vermelho colorado sólido, não tem acréscimo, já o branco ambiente sólido aumenta R$ 1.500 e, se quiser branco polar perolizado, a cor mais cara que a Fiat oferece, tem de desembolsar R$ 3.500.
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Na prática
Na teoria tudo está perfeito, e na prática, será que é assim? Em se tratando de picape média, a Toro dá show em tecnologia, é segura e agrada pelo tamanho, já que o seu público-alvo é esse: quem quer uma picape com conforto de sedã, mas que, se precisar, carrega 1.000 kg.
É inegável o seu sucesso e, de fato, está melhor, mais silenciosa, mais tecnológica e com detalhes que não se vê em picapes do mesmo valor ou até mesmo mais caras.
Foram 700 km de testes a bordo da Fiat Toro. O consumo se destaca positivamente: na cidade, ficou na casa dos 10 km/l, já na estrada chegou a fazer 16 km/l, com média geral de 13 km/l.
O consumo é um ponto forte, somado ao conforto e aos mimos que são oferecidos internamente.
Na terra ela vai bem, tem tração permanente e distribui por demanda, mas, se preferir, tem como deixar 50% na dianteira e 50% na traseira e, ainda, tem a função reduzida, que deixa a Toro mais valente, mas com limitações por conta da altura do solo e dos pneus mais voltados para asfalto.
Mas, afinal, vale a pena?
Com certeza ela cumpre o que promete e vale o teste drive, mas tudo depende do que você está procurando. É como sempre digo: o melhor carro é aquele que cabe no seu bolso e te serve.
A Toro Ranch cumpre o papel de carro para cidades e estradas brasileiras e, se precisar, vai para a lida, claro que sempre respeitando suas limitações.