O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros em Mato Grosso do Sul (Sindicam), Osni Carlos Belinati, informou que não existe planejamento de greve pela classe trabalhadora em virtude ao novo reajuste no preço do diesel, e ainda relatou que muitos estão abandonando a profissão por não conseguirem acompanhar a alta.
"Estamos esperando informações para saber o que vamos fazer, mas até o momento não temos nada em vista. Estamos entrando em contato com os caminhoneiros, aguardando o contato do sindicato de São Paulo e do sindicato de Brasília", disse Belinati.
O líder do sindicato sul-mato-grossense relatou que muitos caminhoneiros estão deixando a profissão por não conseguirem se manter em meio a tantas altas no combustível.
Últimas notícias
"Tem muita gente deixando a profissão por conta dos reajustes, vendendo caminhão e partindo para outro rumo, é complicado, esses reajustes têm efeito em cadeia, aumenta o combustível, consequentemente aumentamos os fretes para continuar trabalhando, e ai os produtos transportados sofrem reajuste também, tudo está ligado e quem sofre é a população carente", indagou.
A Petrobras anunciou aumento de quase 9% no preço do diesel nas suas refinarias nesta terça-feira (28), após o preço do barril do Petróleo ultrapassar a marca dos 80 dólares, valor que não era visto desde 2018.
Em Mato Grosso do Sul, em quase um mês, o diesel subiu 2,37%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,19.
Conforme a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada entre os dias 19 e 25 de setembro, o litro do combustível em Campo Grande foi vendido entre R$ 4,39 a R$ 4,79, variação de 9,11% entre os postos de combustíveis.
Em Corumbá, está sendo comercializado entre R$ 4,99 e R$ 5,19 (4,01%). Dourados, R$ 4,50 a R$ 4,79 (6,43%). E em Três Lagoas, o valor vai de R$ 4,69 a R$ 5,19 (10,66%).