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CONFLITO CULTURAL MPF age para proteger costumes indígenas de cultos evangélicos em Tacuru Rezadores queixam-se de som alto dos cultos e palavras pejorativas contra rituais tradicionais 1 DEZ 2021 • POR Thais Libni • 16h58

O Ministério Publico Federal (MPF) abriu um inquérito para acompanhar a implementação de medidas que conduzam os rezadores - considerados xamãs- e os evangélicos da comunidade indígena da Aldeia Jaguapiré, no município de Tacuru/MS a se resolverem em relação à fixação dos horários dos cultos e o volume do som utilizado.

Há por parte dos rezadores, reclamações de 2019, quanto ao volume do som utilizado nas igrejas evangélicas, o horário dos cultos e a utilização de expressões pejorativas quanto aos rituais tradicionais indígenas e seus praticantes. 

De acordo com o MPMS, a Constituição Federal reconhece aos povos indígenas sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e considera que estes devem ser protegidos.

Desta forma, foi instaurado o inquérito com objetivo de salvaguardar os direitos dos envolvidos no conflito.

A unidade responsável pelo acompanhamento da implantação das medidas conciliatórias é o 1º Oficio da Procuradoria da República do Mato Grosso do Sul em Naviraí.

Intolerância 

Nos últimos dois anos, três casas de reza foram queimadas em Mato Grosso do Sul, sendo; uma do povo Guarani Kaiowá na cidade Amambaí, uma na Aldeia Jaguapiré e outra na comunidade Laranjeira Nhanderu.

Para os indígenas, a casa de reza é mais do que o local de realização de rituais religiosos, é também o fortalecimento da resistência do povo Guarani-Kaiowá na região.  

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