Em 2021, a produção de bovinos para abate apresentou redução em Mato Grosso do Sul. De acordo com o relatório de movimentação de bovinos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), o Estado produziu 3,17 milhões de cabeças para abate no ano passado.
O número representa queda de 11,67% em relação a 2020, quando foram produzidas 3,59 milhões de cabeças de gado para abate.
No comparativo com 2019, a queda é de 22,92% – no período, o número de animais criados para a bovinocultura de corte chegou a 4,12 milhões no total, entre machos e fêmeas.
Do total de animais produzidos no ano passado, 1,33 milhão foram vacas, o que representou queda de 17,08% em relação ao ano anterior, quando o Estado registrou 1,61 milhão de fêmeas. A participação também foi 6,12% menor, equivalente a 42,15% do total de animais abatidos, contra os 44,90% que representou no ano de 2020.
Já o número de machos produzidos em 2021 foi de 1,83 milhão, queda de 7,26% no comparativo com os 1,98 milhão produzidos com a mesma finalidade em 2020.
Em relação aos animais efetivamente destinados aos frigoríficos em dezembro do ano passado, as indústrias inscritas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 250,4 mil animais.
Esse número representou aumento de 16,1% em relação ao mês de novembro e queda de 4,35% quando comparado a igual período de 2020 (261,8 mil bovinos).
No acumulado de 2021, foram abatidos 2,5 milhões de animais, configurando queda de 12,11% em relação aos 12 meses de 2020, quando foram abatidas 2,85 milhões de cabeças.
ARROBA
O preço da arroba do gado oscilou no ano passado. Conforme os dados da Granos Corretora, em janeiro de 2021, a arroba do boi variava entre R$ 246 e R$ 253 no mercado físico de Mato Grosso do Sul. No fechamento do ano passado, os preços iam de R$ 293 a R$ 305.
A arroba da vaca gorda saiu de preços entre R$ 236 e R$ 241, no início do ano passado, para finalizar o ano cotada de R$ 273 a R$ 290, dependendo da região do Estado.
Em agosto de 2021, a arroba do gado havia atingido o pico de R$ 317, mas os preços pagos aos produtores foram freados por um embargo sobre as exportações de carne brasileira imposto pela China, em decorrência da confirmação de casos atípicos da encefalopatia espongiforme bovina (EEB ou vaca louca) registrados em Mato Grosso e Minas Gerais. No mês seguinte, os preços caíram para, em média, R$ 275.
De lá para cá, as chuvas voltaram a cair no Estado, mas em baixo nível, ainda impactadas pelo fenômeno La Niña, que traz seca para a região e boa parte da Região Sul do Brasil.
No fechamento de sexta-feira, a arroba do boi gordo era cotada entre R$ 305 e R$ 315,50 no mercado físico do Estado. A arroba da vaca gorda varia entre R$ 290 e R$ 295,50.
No mercado futuro, os contratos da arroba do boi negociados na Bolsa de Valores, a B3, com vencimento para janeiro, fecharam em R$ 337, os contratos para fevereiro, a R$ 338,10, para março, a R$ 335,70, e para abril, a R$ 330,85.
De acordo com o doutor em Economia Michel Constantino, “a projeção para este ano é de que o preço da arroba se mantenha no patamar atual ou suba um pouco”. (SB)