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REI DA FRONTEIRA Fahd Jamil continuará com tornozeleira, mas poderá receber visita da filha Conhecido como Rei da Fronteira, Fahd Jamil está em prisão domiciliar desde junho de 2021 24 MAR 2022 • POR Glaucea Vaccari • 13h00

Fahd Jamil, de 80 anos, conhecido como 'Rei da Fronteira', continuará sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, em prisão domiciliar.

Decisão é do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, que negou pedido da defesa de Fahd para a retirada da tornozeleira.

O processo corre em segredo de Justiça, mas a decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta quinta-feira (24).

Fahd está preso desde 19 de abril de 2021, cumprindo atualmente prisão domiciliar desde 9 de junho do mesmo ano, acusado de vários crimes.

Ele foi alvo da terceira fase da Operação Omertà e responde por crimes como pertencimento a organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e outros correlatos a homicídios praticados pela milícia armada.

Conforme a decisão do magistrado, apesar de seguir sob monitoramento, foi autorizado que o acusado receba a visita da filha na residência em que cumpre a prisão domiciliar, sem as limitações fixadas anteriormente.

Crimes

Fahd está preso desde 19 de abril acusado de vários crimes.

No dia 9 de junho, ele pagou fiança de R$ 990 mil e foi autorizado a permanecer em prisão domiciliar.

A defesa solicitou a prisão domiciliar sob alegação de que o acusado tem saúde debilitada, e necessita de cuidados especiais.

Ele está proibido de manter contato com testemunhas ou demais réus de todos os processos originados da Operação Omertà.

O grupo de Fahd Jamil mantinha na Fazenda Três Cochilhas, em Ponta Porã, uma espécie de quartel-general da pistolagem.  

O assassinato do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, que ocorreu em 11 de junho de 2018, é o crime que expõe a aliança entre o que os investigadores chamam de organizações criminosas de Jamil Name e de Fahd Jamil.  

Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), o crime foi encomendado por Fahd Jamil e executado pelo suposto grupo criminoso chefiado pelos Name.

O grupo de Fahd Jamil também teria executado o pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira (o Betão), em abril de 2016, e Orlando da Silva Fernandes (o Bomba) em outubro de 2018.