As 60 famílias que começaram a ocupar uma área pública no Jardim Los Angeles, ontem, foram retiradas do local nesta terça-feira. Elas irão se reunir com técnicos da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), amanhã, na sede do órgão, para pontuarem suas reivindicações e serem orientados sobre o programa de habitação da Prefeitura.
Na manhã desta terça-feira (7), fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e da Agência de Habitação foram ao local para, após receberem denúncias, tentar solucionar o impasse com as lideranças que estavam à frente da ocupação.
De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, durante a abordagem das famílias, os fiscais esclareceram que o local se trata de uma área pública e de preservação, sendo que não é permitida a construção de casas ou barracos.
Além disso, as famílias ainda foram informadas que caso insistissem em montar quaisquer estruturas, poderiam perder todo o material. Dessa forma, tudo o que já havia sido montado foi desfeito e a retirada foi feita de forma pacífica.
A reportagem do Correio do Estado foi ao local e já não encontrou nenhuma família, apenas agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) , que guardavam a área para evitar novas ocupações.
Os agentes reafirmaram a versão de que a desocupação da área foi feita de forma pacífica, tanto da parte das famílias quanto dos fiscais, não sendo necessária intervenção da Guarda.
De acordo com o diretor de Atendimento, Administração e Finanças da Amhasf, Claudio Marques Costa Júnior, disse que a retirada foi necessária para conter novas invasões ao local.
Por sua vez, a assessoria de imprensa da Agência, esclareceu que o órgão cuida apenas da parte de providenciar habitação para as famílias vulneráveis de Campo Grande, mas não há projeto previsto para a região do Bairro Los Angeles.
A pasta ainda informou que já há 45 mil pessoas cadastradas e à espera de uma moradia social. Para ser contemplada é preciso que a pessoa aguarde o sorteio público.
A Semadur não retornou o contato da reportagem e não foi possível saber para onde as famílias foram encaminhadas.