A senadora Simone Tebet (MDB) já admite derrota na corrida presidencial ao sinalizar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
Ela declarou que ficará no “palanque que defende a democracia”. Simone considera, no entanto, Lula um democrata, porque já disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “namora com autoritarismo”.
Simone já foi uma aliada de Bolsonaro no Senado e o afastamento começou na CPI da Covid, quando ela passou a fazer graves denúncias de corrupção no Ministério da Saúde. Hoje são rivais até na corrida presidencial.
O temor, nos bastidores dos que apoiam Tebet é que, com esse gesto, Simone pode desestimular a militância, e aliados. Sem contar que pode, ainda, espantar os doadores da campanha eleitoral até porque há um grupo de empresários disposto a investir em sua pré-candidatura.
A sobrevivência da pré-candidatura de Simone se deve à resistência do presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, às pressões dos cardeais do partido da região Nordeste, como Renan Calheiros, que defendem aliança com Lula já no primeiro turno.
Mas com Simone admitindo derrota já no primeiro turno, dá munição aos seus algozes no partido para aumentar pressão por aliança com Lula.
Hoje, a Simone tem a média de 2% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais. É um número aquém da expectativa, já que o presidente Jair Bolsonaro tem mais de 30% e Lula mais de 40%.
Mesmo assim, Simone atraiu um aliado de peso, o PSDB, para empurrá-la na corrida presidencial.
Mas ninguém poderia imaginar, porém, de ela já admitir derrota no primeiro turno e sinalizar apoio a Lula.