Inaugurado nesta quinta-feira (30) - com presença inclusive do presidente da República -, o Residencial Jardim Canguru possibilita novidade de vida para 300 pessoas.
Esses beneficiários, de baixa renda, receberão apartamentos que eles já conhecem e para os quais poderão se mudar assim que findar o evento.
Como é o exemplo de Linaura Barbosa, que conseguiu o apartamento por conta de sua filha, de 13 anos, que é pessoa com deficiência (PCD).
Aos 48 anos, ela - que mora de favor com a mãe, no Bairro Moreninhas -, há pelo menos três espera por uma casa própria.
Pela quantidade de pessoas no evento, preferiu deixar a criança e ir sozinha prestigiar a entrega.
"É uma conquista, porque vou conseguir morar só eu e minha menina. Vou conseguir viver mais em paz".
Além dela, Georgina Crispim Paiva, de 74 anos, é outra futura moradora do residencial a ter uma casa própria pela primeira vez, que dividirá com a neta, de 16 anos.
Sortuda, ela que trabalha como doméstica, ficou cerca de 6 meses na fila de espera após cadastro e já garantiu seu espaço próprio.
Entretanto, num primeiro momento a parcela, que seria de R$ 600 reais a impediria de assumir o imóvel.
Desesperada por não ter o dinheiro, contou que o programa de habitação concedeu que ela pagasse 10% desse valor.
Geogina, que mora numa casa no acostamento da BR-060, não via a hora de deixar o local, que é muito prejudicado em épocas de chuva, com a água invadindo a sua residência.
Emocionada, a melhor notícia de seu dia foi que, por já conhecerem o apartamento, já podem pegar as chaves e iniciarem a mudança logo após o evento.
"Ninguém me segura, já vou trazer tudo. É muita emoção, a gente passa uma vida toda para conseguir uma casa".
Sonho concreto
Fruto da harmonia dos três poderes, mais de R$ 33 milhões foram investidos para obra, sendo R$ 24 milhões do Governo Federal, recursos esses vindos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), através do programa Minha Casa Verde e Amarela.
Em âmbito regional, a contrapartida do Estado foi um total de R$ 5 milhões com as obras infraestrutura.
Por fim, a Prefeitura contribuiu com R$ 4 milhões incluindo a área (R$ 3.310.354,40) e o acesso (R$ 675.471,54) entre as ruas Catigua e Ibirá.
"Só com a união dos três foi possível fazer um condomínio desse porte - Governo do Estado, Municipio e União. Começou em 2018 e assim que a cerimonia acabar pode vir com mudança, sendo que o valor parcela de acordo com a renda, chegando a no máximo R$240", destaca Maria do Carmo Avesani Lopes, diretora-presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul.
Ao todo são 18 blocos de 16 apartamentos cada e um bloco de 12 moradias, que totalizam 300 unidades habitacionais.
Individualmente, cada apartamento tem 47,01 metros quadrados, que compreende dois quartos, sala, banheiro e cozinha integrada com área de serviço.
Ainda, o espaço conta com guarita, centro comunitário, playground e quadra poliesportiva, além de vagas de estacionamento para carros e motos.
Vale ressaltar que, entre os selecionados estão famílias que moravam em condições precárias, em área de comodato que fica em frente ao condomínio, próxima ao Córrego Bálsamo, mesmo ponto que transborda com as chuvas, chegando a alagar algumas casas.