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ALÍQUOTA REDUZIDA Com redução do ICMS, gasolina deve ficar R$ 0,60 mais barata ao consumidor em MS Governador baixou a alíquota para 17%; Considerando baixa que ocorreu semana passada, queda pode chegar a quase R$ 0,90 6 JUL 2022 • POR Glaucea Vaccari , Leo Ribeiro, Rodrigo Almeida • 11h01

Com a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 17%, anunciada hoje pelo governador Reinaldo Azambuja, o litro da gasolina deve ficar cerca de R$ 0,60 mais barato ao consumidor.

A decisão de redução no imposto segue o que determina a lei federal sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

A redução é até o teto permitido e, dessa forma, a alíquota do ICMS da gasolina cairá de 30% para 17%, uma queda de 13% na incidência do imposto no Estado.

O diretor-executivo do  Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, disse ao Correio do Estado que o efeito imediato dessa redução será os R$ 0,60 na bomba por litro de gasolina.

No entanto, ele ressalta que, como já houve uma queda de cerca de R$ 0,28 na semana passada, devido a redução da pauta fiscal da gasolina, somadas, a redução nas bombas será quase R$ 1 real por litro do combustível.

O preço também ficou mais baixo pela redução dos impostos federais, como PIS, Cofins e Cide.

"Com a pauta definida, MS deixa de arrecadar 52% do costumava com o ICMS”, afirma o diretor-presidente.

Conforme reportagem do Correio do Estado desta terça-feira (5), em alguns postos de combustíveis de Campo Grande, o litro da gasolina já é encontrado por menos de R4 6.

Nos postos percorridos pela equipe de reportagem, o menor valor encontrado foi de R$ R$ 5,95, enquanto o maior foi de R$ 6,54.

Na semana do dia 19 ao dia 25, o preço médio na Capital chegava aos R$ 7 o litro, segundo a pesquisa de preços semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Redução na alíquota

Ao anunciar a redução para atender a lei federal, o governador Reinaldo Azambuja ressaltou que não irá subir as pautas fiscais que foram congeladas ou reduzidas, nem a alíquota do diesel, que é de 12% no Estado.

Além da gasolina, haverá impacto no etanol, que passará de 20% para os 17%.

A expectativa, segundo o governador, é que a redução chegue ao consumidor final, mas ressaltou que a Petrobras pode anunciar novos aumentos.

"Tomara que essa redução chegue na bomba, chegue para o consumidor, chegue para o contribuinte, porque eu sempre tenho dito que a política da Petrobras é equivocada, se o petróleo no mercado internacional continuar subindo, mesmo com essas tarifas reduzidas podemos ver ainda aumento de combustível nos próximos meses", disse.

Para se adequar a lei federal, a redução será feita por meio de decreto, até que haja decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão, judicializada por governadores de vários estados, incluindo Mato Grosso do Sul.

A grande questão cobrada pelos gestores estaduais é o fato da queda na alíquota impactar na arrecadação, que já estava prevista para o ano.

O governo federal chegou a cogitar uma compensação para os estados e municípios, mas a lei sancionada não trouxe essa compensação.

"Já que você não tem compensação, como que faz? Você está tirando R$ 700 milhões em seis meses", disse Azambuja.

"De repente o supremo pode decidir favorável aos estados, mas tendo ressarcimento você mantém as alíquotas vigentes e é uma discussão que nós não vamos ter agora porque é uma decisão do Supremo", acrescentou o governador ao ser questionado se poderia haver novo aumento nos percentuais.

O decreto com as novas alíquotas deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, ainda nesta quarta-feira.