Após ameaça de greve, a reunião do sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande (SINDGM/CG) com a prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriotas) acabou sem acordo entre as partes. Ao Correio do Estado, o presidente da entidade, Hudson Bonfim, relatou que foi uma conversa acalorada, mas sem chegar a algum lugar.
De acordo com Bomfim, a categoria deve realizar uma assembleia geral, nesta quinta-feira (7), na Praça do Rádio. No entanto, a deflagração da greve ainda depende se o recurso interposto pelo sindicato será aceito pela Justiça.
“Não avançamos nos pontos e as propostas não foram sequer documentadas. Esperamos que cheguem novidades até a hora da assembleia”, relatou.
O recurso que Bonfim de refere foi movido para tentar derrubar a decisão do juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa, que acatou um pedido da Prefeitura e proibiu o início da paralisação,sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Mais cedo, o sindicalista afirmou ao Correio do Estado que a categoria iria entrar em greve mesmo com decisão judicial porque os agentes não tinham sido notificados formalmente.Porém, após as deliberações com a prefeita, Bonfim só confirmou a realização da assembleia.
Caso seja deflagrada, o movimento grevista só irá acabar quando as reivindicações forem atendidas pelo Executivo Municipal, sendo mantido apenas 30% do efetivo conforme a lei.
Entre os pedidos, os servidores cobram aumento salarial, retificação de decreto que trata do pagamento de horas extras por insalubridade, convocação de novo efetivo, e progressão de carreira.
“Atualmente nós contamos com mais de 1030 guardas metropolitanos. Nos organizamos e informamos a prefeitura sobre a paralisação, e ela [prefeitura] será responsável pela paralisação da categoria”, conclui o líder sindical.