Pólipo Endometrial é o crescimento de uma espécie de verruga na parte interna do útero (endométrio).
O Pólipo é benigno, porém pode causar preocupações à mulher por conta de seus sintomas, especialmente naquelas acima de 60 anos e, sem acompanhamento médico adequado, pode se transformar em um enorme problema de saúde.
“Mulheres com alterações hormonais, com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e que fazem uso de estrogênio por longos períodos possuem risco maior de desenvolver pólipos endometriais”, explica o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).
Dados sobre a doença
Mais comum em mulheres na menopausa, as mais jovens não estão imunes ao problema, porque dependendo do seu tamanho e localização podem acarretar dificuldade para engravidar.
Após a menopausa, a chance de malignização do Pólipo Endometrial aumenta em até 6 vezes em relação ao período da pré-menopausa.
De acordo com muitos estudos, a prevalência dos pólipos endometriais varia de 7,8% a 34%, em mulheres com sangramento uterino anormal, sendo mais comuns em mulheres na pós-menopausa. Naquelas que não apresentam sintomas, esse número pode chegar a 12%.
Já na pré-menopausa são encontrados em 10% a 40% das mulheres com sangramento anormal, menstruações irregulares, sangramento pós relações sexuais ou sangramento intermenstrual.
Ainda de acordo com o Dr. Marcos, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para evitar prejuízos à saúde, pois muitas mulheres não apresentam sintomas e, neste caso, são as consultas e exames de rotina que apontarão a existência do problema.
“A confirmação do diagnóstico é feita por meio da vídeo-histeroscopia diagnóstica, uma câmera que entra por dentro da cavidade uterina, para identificar o pólipo. Durante o exame, havendo a possibilidade e necessidade, o pólipo já pode ser retirado, mas, normalmente, realizamos a retirada com um procedimento extremamente tranquilo, a paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia", afirma o médico.
Por ser benigno, o pólipo não deve ser menosprezado
No entanto, infelizmente, existem casos mais sérios, em que podemos ter o diagnóstico de malignidade e ser necessária a retirada do útero, para impedir sua evolução. “Conseguimos tratar com sucesso a maioria dos casos, mas é um fato que pode acontecer, mais frequentemente, no período da menopausa. Doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus podem estar relacionadas a uma maior tendência à malignidade dos pólipos endometriais. O acompanhamento regular, mesmo após o diagnóstico, também é importante para que possamos evitar esse tipo de complicação e devolver qualidade de vida a mulher”, finaliza Tcherniakovsky.