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CAMPO GRANDE Julgamento de militar que matou esposa é adiado por falta de laudos periciais Tamerson escondeu o corpo da vítima em um matagal próximo à uma rodovia 5 OUT 2022 • POR Ana Clara Santos • 15h00
Julgamento de militar que matou a esposa é adiado por falta de laudos periciais   Arquivo / Correio do Estado

Marcado para esta quarta-feira (5), o júri do militar da Aeronáutica Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, foi adiado por falta de laudos periciais, especialmente em um notebook que pertence ao investigado. Tamerson é acusado de matar Natalin Nara Garcia Freitas Maia, com 22 anos à época do crime.

O judiciário informou que um novo julgamento será realizado no dia 25 de novembro, no Tribunal do Júri da Capital. O réu responde por feminicídio e ocultação de cadáver por assassinar Natalin por asfixia após uma briga e esconder o corpo dela no acostamento de uma rodovia. 

Segundo o apurado, Tamerson teria dado um golpe mata-leão na mulher e, quando ela estava morta, envolveu o corpo em um lençol e o colocou no porta-malas do carro. 

O acusado ainda teria levado a filha do casal, de apenas quatro anos, para a escola no mesmo veículo em que o corpo da mãe dela estava escondido. Depois ele dirigiu até uma rodovia onde ocultou o corpo em um matagal. 

Para tentar encobrir o crime, Tamerson enviou mensagens para uma das amigas da mulher se passando por ela. A mensagem dizia que a vítima teria ido embora para outro estado e deixado a filha em Campo Grande. 

O corpo foi encontrado com o pescoço quebrado e uma lesão no braço dois dias após o crime. 

No dia 04 de abril, a Justiça negou o pedido da defesa e manteve a prisão preventiva do militar. A defesa alegava que o flagrante não tinha validade e não havia motivos para que o acusado permanecesse preso.