Empreendedores do Pantanal que são artistas no produto que fazem participam de evento para divulgação e realização de negócios envolvendo a cultura pantaneira.
A Semana Pantaneira, realizada no Centro do Rio de Janeiro entre esta terça-feira (18) e o sábado (22), promete dar visibilidade para artesãos que atuam em Ladário, Rio Verde de MT e Campo Grande.
Artistas musicais de Mato Grosso do Sul também participam do evento, que acontece no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB).
Quem vai estar presente nesse período de promoção dos negócios pantaneiros envolvidos com a economia criativa é o mestre cururueiro Sebastião de Souza Brandão.
Ele mora em Ladário e é uma referência nacional tanto para a produção da viola de cocho, como expoente para tocar o cururu e o siriri.
O artesão, que já foi ferroviário no Pantanal, atualmente trabalha com o neto, João Vitor, 15 anos, para determinar a continuidade de uma tradição familiar.
Além dele, as empresárias de Rio Verde de MT Ana Miriam Martos Brito e Selma Brito Beteto participam de oficina sobre a faixa pantaneira para o público carioca.
As duas tem uma pequena empresa no norte do Estado e conseguiram projeção depois de terem seus produtos envolvidos na novela Pantanal, que foi gravada em Aquidauana e contribuiu para movimentar negócios no bioma.
Nessa programação envolvendo Mato Grosso do Sul, os ceramistas Andrea Lacet (MS) e Rodrigo Avalhães (MS) também participam de oficina para tratar sobre o trabalho da argila e de uma memória afetiva de povos indígenas do Pantanal.
Dentro de apresentações musicais, esse evento terá a apresentação de Marcelo Loureiro, que é de Campo Grande e considerado um dos melhores violeiros do Brasil.
Quem também se apresenta é o grupo Chalana de Prata (MS), composto por Celito Espíndola, Paulo Simões e Guilherme Rondon, que traduzem para o público o que vem a ser a música do Pantanal.
Esse movimento de divulgação da cultura pantaneira envolve estratégias de divulgar o Pantanal como um destino cultural rico, o que favorece o turismo em regiões como Bonito, Corumbá e Miranda, principalmente.
As atividades estão programadas dentro de uma mostra chamada “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal”, que acontece no Centro do Rio de Janeiro desde agosto.
Nesse espaço, há peças de cerca de 60 profissionais de Mato Grosso do Sul, que são das cidades de Campo Grande, Bonito, Jardim, Corumbá, Miranda, Bodoquena e Três Lagoas, e tudo é aberto para a comercialização e divulgação desses artesãos.