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ELEIÇÕES 2022

Quais os institutos de pesquisas que mais erraram no 1º turno

Ao todo, foram avaliados 13 institutos e todos eles erraram para mais e para menos a favor e contra Lula e Bolsonaro

22 OUT 2022 • POR Elias Luz • 08h22
Maior parte dos estudos estatísticos extrapolou a margem de erros   Foto: Reprodução/Internet

A uma semana do segundo turno das eleições presidenciais e estaduais, uma enxurrada de pesquisas são despejadas para os eleitores quase que diariamente.

A diferença é que agora são apenas dois candidatos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

O Correio do Estado fez uma análise reunindo os 13 institutos de pesquisas e, em ordem decrescente, ou seja, de quem mais errou para quem mais acertou.

No caso dos institutos que erraram para menos, aparecerá o sinal de subtração e, para mais, o de adição para facilitar o entendimento, tendo como base os resultados dos votos válidos de Lula (48,43%) e Bolsonaro (43,20%) no primeiro turno.

Na 13ª colocação

Brasmarket

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula              35%                48,43%           - 13,43%

Bolsonaro     51%             43,2%                - 7,80%          

Na 12ª colocação       

Ipespe

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            49%                48,43%           - 0,57%

Bolsonaro   35%                43,2%             - 8,2%

Na 11ª colocação

Datafolha

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            50%                48,43%           - 1,57%

Bolsonaro   36%                43,2%             - 7,2%

Na 10ª colocação

Futura

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            44%                48,43%           4,43%

Bolsonaro   41%                43,2%             2,2%

Na 9ª colocação

FSB

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            48%                48,43%           0,43%

Bolsonaro   37%                43,2%             - 6,2%

Na 8ª colocação

Veritá

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            42%                48,43%           - 6,43%

Bolsonaro   45%                43,2%             - 1,8%

Na 7ª colocação

Poder Data

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            48%                48,43%           - 0,43%

Bolsonaro   38%                43,2%             - 5,2%

Na 6ª colocação

Ipec - Ex Ibope

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            51%                48,43%           - 2,57%

Bolsonaro   37%                43,2%             - 6,2%

Na 5ª colocação

Ideia

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            49%                48,43%           0,57 %

Bolsonaro   38%                43,2%             - 5,2%

Na 4ª colocação

Quaest

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            49%                48,43%           0,57 %

Bolsonaro   38%                43,2%             - 5,2%

Na 3ª colocação

Paraná Pesquisa

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            47%                48,43%           1,43 %

Bolsonaro   40%                43,2%             3,2%

Na 2ª colocação

MDA

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            48%                48,43%           0,43 %

Bolsonaro   40%                43,2%             - 3,2%

Neste caso, o instituto MDA superou o Paraná Pesquisas porque errou menos com os demais candidatos derrotados no primeiro turno.

Na 1ª colocação

Atlas Intel

Candidato   Projetado        Resultado       Erro  

Lula            50%                48,43%           - 1,57%

Bolsonaro   41%                43,2%                 2,2%

Os dois erros, porém, estão dentro da margem, que foi de três pontos para mais ou para menos.
 

Entenda as Discrepâncias nas Pesquisas Eleitorais de 2022 e Seus Impactos

As diferenças entre os resultados das pesquisas eleitorais e os votos apurados nas urnas em 2022 levantaram dúvidas sobre a confiabilidade desses levantamentos, gerando uma onda de críticas. Especialistas e políticos destacaram a necessidade de revisão das metodologias utilizadas pelos institutos de pesquisa para evitar erros futuros.

Conforme o cientista político Renato Dolci, a ausência de um Censo demográfico recente, aliada às mudanças significativas nas intenções de voto nas semanas que antecederam o pleito, foram fatores cruciais que contribuíram para as falhas nas previsões.

Outro ponto de destaque foi a alta abstenção eleitoral e a tendência de muitos eleitores optarem pelo voto útil, fenômeno que dificultou a precisão das pesquisas, uma vez que grande parte do eleitorado tomou sua decisão de última hora.

Esses elementos, combinados com as críticas sobre a representatividade das amostras e a transparência das metodologias utilizadas por alguns institutos, reforçam a importância de uma reflexão aprofundada sobre o papel e a confiabilidade das pesquisas eleitorais no Brasil.

Texto atualizado 06 de agosto de 2024 as 11:20