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Eleições Eduardo Riedel e Capitão Contar saem em busca de quem não votou no 1º turno Grupo que votou nulo, branco ou que não compareceu no primeiro turno representa mais de meio milhão de eleitores 24 OUT 2022 • POR Celso Bejarano • 08h00
Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB) ajustam suas estratégias para a semana decisiva da campanha eleitoral em MS   Gerson Oliveira/ Marcelo Victor/ Correio do Estado

Uma parte significativa do eleitorado sul-mato-grossense deixou de lado as eleições do primeiro turno, não indo ao pleito ou não escolhendo nenhum candidato, anulando seus votos ou optando pelo voto em branco.

Contingente em questão alcança pouco mais de 500 mil pessoas dos 1,9 milhão de eleitores aptos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

E é nesse coletivo que Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB), adversários na disputa pelo governo de MS, miram suas atenções nesta reta final, a seis dias do segundo turno.

No primeiro turno, dos 1.996.510 eleitores, 1.555.149 foram às urnas. Ou seja, 440.467 (22,10%) não votaram, nem sequer foram às urnas, 53.082 (3,42%) votaram em branco e 61.130 (3,94%) anularam os sufrágios.

O candidato do PSDB Eduardo Riedel, de olho nos eleitores que não quiseram cravar votos em ninguém, disse: “Quando falamos da nova política, de um novo modelo, sei que estamos atraindo esse eleitor [aqueles que não foram votar], pois, no primeiro turno, havia um leque de candidatos muito grande para que as pessoas acompanhassem de perto as propostas de cada um”.

ENERGIA QUE CONTAGIA
 

Capitão Contar também corre atrás de indecisos, por essa razão disse ter trocado os recentes debates promovidos por órgãos de comunicação por visitas a cidades do interior de MS.

O postulante do PRTB afirmou que preferiu ir atrás de 800 mil votos que estariam em cidades do interior do Estado.

Por meio de sua assessoria, Contar sustentou que “estamos na reta final, os eleitores de todos os municípios precisam ser prestigiados. Só tenho a agradecer todo este carinho, esta energia positiva nos contagia”.

Capitão Contar afirmou, ainda, que “todos os municípios que conseguir eu iriei visitar, mas o tempo é curto. O adversário faz campanha para Lula, eu trabalho incansavelmente para Bolsonaro. É Capitão lá e Capitão cá. Quero reverter cada voto para nosso presidente”.

CONVERSA DIRETA
 

Já Riedel afirmou que “agora a conversa é direta entre o candidato e o eleitor. Somos dois candidatos, e, ao contrário do meu adversário, eu tenho comparecido a debates, entrevistas, sabatinas e não fujo dos meus compromissos e das oportunidades que tenho de apresentar aos eleitores o meu plano de governo e de dizer que estou preparado para governar Mato Grosso do Sul. É preciso responsabilidade e respeito para com o eleitorado”.

Acrescenta o tucano: “Temos um projeto claro e exequível para levar Mato Grosso do Sul a um novo futuro, mais próspero, inclusivo, sustentável e digital”.
 

PACTOS
 

Além de correr atrás dos eleitores indecisos, Contar e Riedel costuraram alianças assim que acabou o primeiro turno.

Marquinhos Trad, ex-prefeito de Campo Grande, que concorreu ao governo pelo PSD,  o ex-governador de MS, André Puccinelli do MDB e a deputada federal Rose Modesto, que disputou pelo União Brasil, declararam seus votos a Contar.


Ao contrário do publicado antes no jornal impresso do Correio do Estado, o candidato do Psol, Adônis Marcos, declarou voto a Eduardo Riedel, do PSDB, não a Contar.

Já Eduardo Riedel, que contava com o apoio do Cidadania, Republicanos, PP, PSB, PL e PDT, obteve a parceria não oficial com alguns integrantes do PT, como a do ex-governador Zeca do PT.

SAIBA 

Não votei, e agora?

Os 440 mil eleitores que não foram às urnas no primeiro turno, caso queiram, podem votar normalmente no segundo turno. Pela regra eleitoral, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos de idade e facultativo para pessoas com 16 e 17 anos, analfabetos e maiores de 70 anos.

E se o eleitor não justificou a ausência ou se a justificativa for indeferida, ele deverá pagar multa no valor de até R$ 3,51. 

Já em caso de três ausências consecutivas sem justificativa e sem pagamento das multas, o título eleitoral será cancelado. 

A situação eleitoral irregular impede a emissão de documentos como identidade e também o passaporte, o ingresso em cargo público, a participação em concorrências públicas entre outras penalidades.

Atualizado às 17h40