Em ação contra o mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika, chikungunya e outras doenças como a febre amarela - vão ser instalados em Campo Grande, pontos de descarte de materiais que possam ser potenciais criadouros do mosquito.
Esses materiais são chamados de inservíveis, como sofás, televisores, entre outros móveis e objetos inutilizados. Em cada região vai haver um ponto para que a população não realize o descarte em locais indevidos.
O primeiro definido vai ser na Região Segredo, localizado no Vida Nova ao lado do Ecoponto, localizado na Rua Gilson de Oliveira, 219 e no bairro Nova Lima, ao lado da Clínica da Família, Rua Firmo Cristaldo, 587. Em outras regiões, os pontos ainda serão definidos.
Essa medida faz parte da operação de combate às doenças causadas pelo Aedes aegypti, da Prefeitura Municipal de Campo Grande, a Operação Mosquito Zero.
As sete regiões urbanas da Capital e distritos do município terão atenção de mais de 300 agentes de combate às endemias.
A ação tem início pela Região Urbana do Segredo e deve se estender às demais, conforme cronograma pré-estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O trabalho deve durar 10 dias em cada região urbana.
O secretário municipal de saúde José Mauro Filho lembra da importância da população receber os agentes em suas casas e colaborar com o trabalho preventivo.
“É muito importante que as pessoas atendam os agentes. Todos estarão uniformizados e com crachá do serviço. A inspeção de casa em casa é uma das formas mais efetivas de se eliminar os focos e evitar assim a proliferação do mosquito. É preciso destacar ainda que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das residências”, enfatiza.
Além da inspeção e vistoria de imóveis, terrenos baldios, prédios, praças e parques públicos e o recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, também devem ser realizadas ações de conscientização envolvendo todas as secretarias municipais.
A prefeita Adriane Lopes destacou a importância do trabalho preventivo e da união de esforços, além do envolvimento de toda a sociedade no combate ao mosquito.
“Estamos há dois anos sem enfrentar uma epidemia de dengue no nosso Município e esse trabalho preventivo é fundamental para evitar que haja aumento no número de casos. Nós estamos atentos e fazendo a nossa parte, mas também gostaria de conclamar a toda a população que some os esforços junto conosco para que a gente possa vencer mais essa batalha”, diz.
Dados epidemiológicos
De 01 de janeiro a 01 de novembro Campo Grande teve 7.799 casos de dengue confirmados e sete óbitos provocados pela doença. No mesmo período, foram confirmados 1 caso de Zika e 29 de Chikungunya. Durante todo o ano de 2021 foram confirmados 5.673 casos de dengue e três óbitos, sete casos de Zika e 13 de Chikungunya.