Em 2020 o governo se endividou em R$ 700 bilhões para amenizar a pandemia, um gasto em linha com grandes economias.
Em 2021 começa a volta em “V” e a arrecadação surpreende, o crescimento do país volta forte e a arrecadação que é essencialmente sobre o consumo, se eleva em consonância com o aumento dos preços.
As contas dos governos, Federal, estaduais e Municipais, ficaram no azul, e até estados que antes estavam quebrados, passaram a ter R$ 440 bilhões em caixas em 2022. No início da pandemia, a arrecadação dos Estados caiu, o que foi compensado pela União, e, lembrando que a arrecadação volta a subir e estados ficaram com os recursos excedentes.
Cabe mencionar que, em 2022, União, Estados e Municípios tiveram um superávit de R$ 230 bilhões em 12 meses. E graças a este feito, e a existência de eleições, o governo abriu os cofres este ano, com a PEC Kamizake e outras despesas.
O IBRE - Instituto Brasileiro de Economia - calcula que as novas promessas irão custar em torno de R$ 430 bilhões, que está incluso auxílio Brasil em R$ 600, reajustes ao funcionalismo e corrigir despesas discricionárias: R$ 120 Bilhões.
Regime de Recuperação Fiscal, que cobra valores entre R$ 77 bilhões, e, os precatórios, dívidas dos Estados com pessoas e empresas, além da compensação na queda do ICMS sobre combustíveis que custaria R$ 144 bilhões.
Há ainda as promessas, como R$150 por filhos de até 6 anos pode custar R$ 18 bilhões. E a desoneração do Imposto de Renda que pode diminuir a arrecadação em R$ 60 bilhões.
O orçamento é de R$ 1,8 trilhão, de modo que R$ 430 bilhões, significam um aumento de quase 30% nos gastos públicos. Com uma alta taxa de inflação, e, sabendo que neste momento o Brasil possui a maior taxa de juros do mundo, é quase impossível sem falar em reformas e redução dos gastos públicos.
Estamos vendo promessas de aumento de ministérios e ampliação de investimentos em empresas públicas.
Por outro lado temos as economias chinesas e europeias reduzindo seu crescimento, petroleiras reduzindo a oferta de petróleo e pressionando preços dos combustíveis. O teto de gastos deve ser aniquilado e um aumento de volume de dinheiro em circulação. Inflação e Juros mais altos?
Grandes desafios pela frente.