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COMBUSTÍVEIS ANP aponta elevações nos preços da gasolina, óleo diesel e etanol em MS Às vésperas do segundo turno das eleições, o petróleo voltou a ganhar força no mercado internacional, o que pressionou os combustíveis nas refinarias do Brasil 7 NOV 2022 • POR Elias Luz • 19h22
Preços dos combustíveis estão subindo gradativamente   Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em pesquisa realizada em 22 postos de combustíveis de Campo Grande, constatou que houve elevação de preços. À exceção do óleo diesel comum, todos os combustíveis ficaram mais caros.

Na primeira semana de outubro, o litro de etanol custava R$ 3,38, subiu para R$ 3,41, depois para R$ 3,48, saltou para R$ 3,55 na semana da eleição e agora – já em novembro – o preço se encontra no valor de R$ 3,56.

Quem abasteceu com gasolina comum começou outubro pagando R$ 4,66, depois queda para R$ 4,63. A partir daí só vieram elevações: R$ 4,64, depois R$ 4,67 e agora o preço está em R$ 4,73, totalizando quatro aumentos no mês.

A gasolina aditivada teve comportamento semelhante na gangorra de preços. Isso porque o litro do combustível começou custando R$ 4,81 em outubro, caiu para R$ 4,77, voltou para R$ 4,81 por dez dias e agora custa R$ 4,87.

Já óleo diesel manteve-se como combustível mais para o consumidor, porém, com tendência de queda. No começo de outro, o litro do óleo comum custava R$ 6,34, subiu para R$ 6,53, caiu para R$ 6,45, depois para R$ 6,44 e agora se encontra em R$ 6,39.

O óleo diesel tipo S10 iniciou outubro com o litro valendo R$ 6,51, subiu para R$ 6,52, manteve-se por mais uma semana, depois subiu para R$ 6,54 e agora caiu parta R$ 6,52. O gás natural empregado nos veículos automotores (GNV) manteve-se em R$ 4,99, o metro cúbico.

No gás liquefeito de petróleo (GLP), precisamente no botijão de 13 kg, outubro começou com os preços oscilando entre R$ 98 e R$ 108,98. Um mês depois está custando entre R$ 98 e R$ 109,49.

A semana passada foi marcada por protestos antidemocráticos de grupos bolsonaristas que contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.

Esses atos bloquearam rodovias, o que dificultou o fornecimento de combustíveis em várias regiões do País. A sequência de altas no preço médio da gasolina ocorre após 15 semanas de quedas, conforme os dados da ANP. As baixas haviam sido provocadas por cortes de impostos e reduções dos valores praticados nas refinarias da Petrobras.

Às vésperas do segundo turno das eleições, o petróleo voltou a ganhar força no mercado internacional, o que pressionou os combustíveis nas refinarias do Brasil.

A Petrobras, contudo, segurou repasses em meio à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, o avanço do etanol passou a impactar o preço da gasolina nas bombas.

Na abertura do mercado nacional nesta segunda-feira (7), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calculava a defasagem da gasolina em 3% por litro, ou R$ 0,10 abaixo da paridade de importação.

A defasagem do diesel era maior, de 8%, ou R$ 0,40. Em outras palavras, os preços no Brasil ainda estão em nível inferior a valores praticados no exterior.

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