
Os adversários do Brasil nesta Copa do Mundo são velhos conhecidos de Copas anteriores. Camarões, Sérvia e Suíça já estiveram frente a frente com o Brasil na fase de grupos em outros momentos.
Na Copa do Mundo de 2018, disputada na Rússia, Suíça e Sérvia foram sorteadas no grupo do Brasil. Na estreia da competição, o Brasil empatou em 1 a 1 com a Suíça, e na última rodada do grupo saímos com a vitória, por 2 a 0, contra os sérvios.
Tivemos outro empate contra os suíços, na Copa do Mundo de 1950, em um jogo que terminou em 2 a 2, o que não impediu a seleção brasileira de se classificar em primeiro lugar no grupo que tinha a extinta Iugoslávia e o México.
Já os camaroneses, por incrível que pareça, vão enfrentar o Brasil pela terceira vez em uma fase de grupos.
O primeiro embate foi em 1994, com uma vitória tranquila do Brasil, por 3 a 0, com gols de Romário, Bebeto e Márcio Santos. Depois de 20 anos, Camarões foi sorteado novamente para encarar o Brasil, desta vez na Copa de 2014, terminando em mais uma goleada de 4 a 1, com Neymar marcando dois gols na partida.
De forma geral, o retrospecto do Brasil contra os seus adversários durante a Copa do Mundo é bem positivo, foram cinco partidas nas quais a seleção não perdeu nenhum jogo, empatando apenas dois jogos, justamente contra a Suíça.
SELEÇÃO SUÍÇA
Elenco mais equilibrado entre os adversários da seleção brasileira, os suíços têm bons jogadores que atuam no meio de campo da equipe.
Vale destacar o meia central do Arsenal, Granit Xhaka, 30 anos, que chega com moral a Copa do Mundo, tendo um papel importante na permanência do Arsenal na liderança da liga inglesa.
Nesta temporada, Xhaka esteve em campo, até o momento, em todas as rodadas do Campeonato Inglês. O suíço contribuiu ativamente com três gols e três assistências. Em sete temporadas no Arsenal, Xhaka conquistou no clube inglês o bicampeonato da Taça da Inglaterra, em 2017 e 2020.
Além do meio-campista, a seleção suíça tem mais quatro jogadores que disputam a liga inglesa, um dos principais campeonatos do mundo. São eles: Remo Freuler, meio campo do Nottingham Florest; os zagueiros Manuel Akanji, do Manchester City, e Fabian Schar, do Newcastle United; e Denis Zakaria, volante do Chelsea.
Outro que já disputou a liga inglesa, mas que nesta temporada foi transferido para o futebol dos Estados Unidos, é o atacante Xherdan Shaqiri, 31 anos.
Conhecido mundialmente pelo seu desempenho na última Copa do Mundo, em 2018, Shaqiri surpreende seus adversários pelo seu vigor físico e pela velocidade na ponta direita.
O jogador do Chicago Fire é o maior artilheiro em atividade na seleção da Suíça, com 26 gols em 108 partidas.
Campeão duas vezes da Liga dos Campeões, com o Liverpool e o Bayern de Munique, Shaqiri jogará sua terceira Copa do Mundo da carreira, após participar das edições de 2014 (Brasil) e 2018 (Rússia).
SELEÇÃO SÉRVIA
Com jogadores de destaque no setor ofensivo, a Sérvia chega à Copa do Mundo do Catar com uma dupla de atacantes que pode dar trabalho para a seleção brasileira. Dusan Vlahovic, 22 anos, foi a sensação na Europa na temporada passada.
Jogando pela Fiorentina da Itália, Vlahovic obteve um desempenho na pequena área com nível de grandes jogadores do futebol mundial.
O atacante marcou 26 gols em 36 partidas na liga italiana, tornando-se o vice-artilheiro da competição, atrás apenas do italiano Ciro Immobile. O desempenho despertou o interesse da Juventus na contratação do sérvio. Na “velha senhora”, Vlahovic já marcou sete gols em 15 partidas nesta temporada.
Vlahovic estreou na seleção em outubro de 2020. Com pouco tempo na equipe, o jogador já mostrou a que veio, marcando oito gols em apenas 16 jogos. Maior artilheiro da história da Sérvia, Aleksandar Mitrovíc, 28 anos, vem tendo um bom momento no ataque do Fulham, da Inglaterra.
O jogador está entre os artilheiros da liga inglesa, com 9 gols em 12 partidas disputadas. E na temporada passada, na segunda divisão da Inglaterra, Mitrovíc foi o artilheiro disparado da competição, marcando 43 gols em 44 partidas.
Na seleção sérvia, os números do atacante também surpreendem. Representando o país desde 2013, Mitrovíc é o maior artilheiro da seleção, com 50 gols em 76 jogos.
SELEÇÃO CAMARONESA
Sem muitos destaques no futebol mundial, a seleção de Camarões não chega com muitas expectativas, tampouco entre as principais seleções do continente africano. O jogador mais relevante atualmente do país é o volante Frank Anguissa, que está jogando como titular na Liga dos Campeões da UEFA, no elenco surpreendente do Napoli.
Nesta temporada, Anguissa fez bonito nos jogos da liga, marcando um gol na goleada do Napoli contra o Liverpool e sendo o garçom para seus companheiros em três assistências a gol, contra o Rangers e o Ajax.
Passes esses que o camaronês tentará repetir para o principal atacante da seleção africana, Vincent Aboubakar, 30 anos, jogador do Al-Nassr da Arábia Saudita. O atleta é o segundo maior artilheiro da história de Camarões, atrás somente do astro Samuel Eto, que já está aposentado.
Em 88 partidas, Aboubakar marcou 33 gols para Camarões, terminando como artilheiro da Taça das Nações Africanas este ano, com oito gols. Esta será a terceira vez que Aboubakar vai à Copa do Mundo com Camarões. O atacante esteve presente nas edições de 2010 e 2014.
Saiba: A estreia será contra a Sérvia, na quinta-feira (24), às 15h (horário de MS), no estádio Lusail. O segundo confronto é contra a Suíça, no dia 28, com início às 12h, em partida no estádio 974. Por fim, o Brasil joga a última rodada do grupo contra Camarões, no estádio Lusail, às 15h, no dia 2 de dezembro.