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CONSEQUÊNCIAS Polícia Federal apreende caminhão e mira suspeitos de organizar protesto em Dourados na última sexta Veículo que transportou pneus que foram queimados foi apreendidos e proprietário permanece preso 21 NOV 2022 • POR ANA CLARA SANTOS • 15h30
Polícia Federal apreende caminhão que transportou pneus incendiados em protesto bolsonaristas   Hedio Fazan/Dourados News

A Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Unlock, cumpriu mandados de busca e apreensão contra José Carlos Rozin e contra André Franca da Silva. Eles são suspeitos de participação no protesto realizado na sexta-feira (18), no trevo Bandeiras, em Dourados.

Conforme já divulgado em 2013 pelo Correio do Estado, Rozin se tornou réu por formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção ativa em investigação de desvio de verbas públicas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de Dourados

De acordo com a PF, a investigação está sob segredo de justiça, no entanto, foram confirmadas as buscas e apreensões nas residências dos dois alvos.

Contra André ainda foi expedido um mandado de prisão preventiva. O caminhão que transportava os pneus que foram queimados durante o protesto seria de propriedade do investigado e foi apreendido.

A polícia não informou se na casa de Rozim a PF apreendeu algum  objeto, veículo ou material.

Ainda de  acordo com as informações policiais, nos próximos dias a operação terá alguns desdobramentos. Por motivo de sigilo, a PF não detalhou quais os próximos passos da investigação.

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, José Carlos Rozin está envolvido em uma investigação contra o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de Dourados.

Em 2013, foi apontado que a quadrilha da qual Rozin fazia parte, desviou aproximadamente R$ 14 milhões em recursos públicos federais que eram destinados para melhorias em rodovias federais, entre 2001 e 2006.

À época foram denunciados o ex-governador de MS e ex-superintendente regional do DNIT, Marcelo Miranda, o ex-supervisor do DNIT em Dourados, Carlos Roberto Milhorim, o ex-chefe do Serviço de Engenharia da Superintendência Regional do órgão, Guilherme Alcântara Carvalho, o o engenheiro da Rodocom, Francisco Roberto Berno; o encarregado geral da Rodocom em Dourados, Vilmar José Rossoni.

Ainda estavam sendo investigados o engenheiro da ECR, Gustavo Rios Milhorim; os sócios da base Engenharia, que prestava serviço para a Rodocom e técnica viária, Renato Machado Pedreira e José Carlos Rozin; o engenheiro da técnica viária, Hilário Monteiro Horta; a funcionária da técnica viária, Solange Regina de Souza; o proprietário da Spessato Diesel, Dori Spessato, e Tereza de Jesus Gimenez, funcionária da mesma empresa.

OPERAÇÃO UNLOCK

Com o objetivo de identificar os organizadores do protesto realizado na sexta-feira (18) na BR 463. em Dourados,a Polícia Federal (PF), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagrou no domingo a Operação Unlock. 

Como mostrado pelo Correio do Estado ainda no dia do protesto, pessoas usando máscaras atearam fogo em pneus e em um carro Fiat Uno como forma de tentar criar tumulto na rodovia. 

O grupo faz parte da porcentagem da população que não se conforma com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e se manifestam em diversas partes de MS e do país.