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Catar Contra a Suíça, Brasil deve ter Militão na lateral e Fred no lugar de Neymar Seleção brasileira faz seu segundo jogo na Copa do Mundo nesta segunda, às 12h, em busca de garantir vaga nas oitavas 28 NOV 2022 • POR da redação • 10h30
Fred deve entrar no lugar de Neymar, mas atuará em sua posição, como 2º homem do meio-campo   Lucas Figueiredo/CBF

Na entrevista coletiva, o técnico Tite preferiu manter sob sigilo a escalação do Brasil contra a Suíça, partida de hoje, às 12h (de MS), no estádio 974. No treino de domingo (27), no Grand Hamad Stadium, em Doha, apesar de a atividade ser fechada, o treinador indicou a formação a ser adotada no confronto.

Na maior parte da movimentação, Éder Militão e Fred foram os escolhidos para ocupar as vagas dos lesionados Danilo e Neymar. Outros atletas foram observados no time titular – o jovem Rodrygo entre eles –, mas a tendência é de que a equipe tenha mesmo o desenho adotado por mais tempo no último treino.

Provável substituto de Neymar, Fred não vai executar a função do camisa 10. Ele atuará em sua posição, a de segundo homem de meio-campo. Assim, Lucas Paquetá será adiantado no setor, trabalhando como um armador.

Rodrygo seria uma opção de características mais parecidas com a do dono da posição, porém tem apenas 21 anos e nunca foi escalado como titular da seleção.

Com o volante de 29 anos, que está em sua segunda Copa do Mundo, o treinador tem alternativa de maior experiência.

Já na lateral direita, a opção não foi pela rodagem. Daniel Alves, 39, deverá ficar no banco de reservas. 

Não havendo surpresas, o posto de Danilo será ocupado pelo zagueiro Militão, 24, que atuou como lateral no início da carreira, no São Paulo, e em alguns momentos de sua passagem pelo Porto.

“A definição da equipe já foi feita, mas tenho por hábito agora de passar na hora do jogo. Em termos de estratégia, você consegue fazer algumas mudanças comportamentais ou de características de atletas”, pontuou o técnico brasileiro, sem dar indícios sobre a lateral.

O técnico já escalou Militão nessa posição em amistoso contra Gana, um dos últimos na preparação para o Mundial do Catar.

“Militão já jogou nessa função, tem característica para tal, e o Dani é um construtor, fora a qualidade técnica e de liderança que tem”, considerou o técnico, para depois tentar colocar um ponto final nas perguntas sobre o time que vai encarar a Suíça. “Moral da história? Não vou dizer quem vai jogar”.

Ao mesmo tempo em que escondia o jogo, o treinador procurava demonstrar serenidade sobre o fato de não poder contar com dois titulares logo na segunda partida da Copa.

“Temos de viver o dia a dia, as possibilidades reais de cada um, e saber que existem 26 atletas em condições. Não dá para fugir disso. O senso de equipe é importante”.

ADVERSÁRIO

Depois de bela atuação contra a Sérvia na quinta-feira (24), o Brasil busca uma vitória diante da Suíça para deixar encaminhada a vaga para as oitavas de final da Copa do Mundo.

Ambas as equipes estão com três pontos, mas o Brasil ocupa a primeira colocação do Grupo G por ter dois gols de saldo, quando o rival tem um.

Pelo lado dos suíços, apesar da ausência de Neymar, o técnico Murat Yakin diz que ainda vê o Brasil como uma das principais forças da competição.

“Nosso foco está na nossa tarefa e vamos jogar contra uma equipe, contra jogadores de altíssimo nível. Esperamos que nosso adversário esteja na melhor forma, gostaria de ter todos bem, mas o Brasil tem jogadores para formar três grandes equipes. Neymar não joga, mas temos de focar no nosso trabalho”, disse o treinador.

“Espero ansiosamente o jogo. Quando eu era criança, adorava ver os jogos da seleção brasileira. Talvez por isso tenha me tornado profissional do futebol, e fiquei muito feliz no sorteio. Será um jogo tático, temos de ter estratégia e jogar unidos”, completou.

Depois da vitória por 1 a 0 diante de Camarões, na estreia, o técnico disse que espera uma partida mais veloz contra o Brasil.

“Não tem como comparar as duas equipes [seleções]. Nossa equipe tem experiência suficiente para se adaptar aos adversários e aos contextos. O Brasil tem jogadores muito rápidos, que fazem transições rápidas e aceleram o ataque. Estamos prontos, treinamos bem, também temos jogadores velozes”, avaliou Yakin.

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