Diante do afastamento do então presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS),Iran Coelho das Neves, o órgão não se manifestou oficialmente sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF). Também foram afastados os conselheiros Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid.
Ao Correio do Estado, a assessoria de comunicação do órgão afirmou que não emitirá um posicionamento porque não tiveram acesso aos autos do processo, no qual consta a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento dos membros do TCE-MS.
A assessoria ainda disse que não pode confirmar se posteriormente haverá uma manifestação oficial. Além disso, o Tribunal também não confirmou quem irá substituir Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid.
Conforme publicado pelo Correio do Estado, por causa do afastamento do presidente, quem assumirá a chefia do órgão será o vice, Jerson Domingos.
AFASTAMENTO DE SERVIDORES
Conforme a decisão do STJ, além de envolver os dois conselheiros e o presidente do TCE-MS, também participavam do esquema pelo menos dois servidores estaduais que atuavam no local.
Segundo relatado no processo, os dois participavam dos trâmites burocráticos para que valores fossem desviados sem qualquer rastro.
Inclusive, de acordo com o processo, a Polícia Federal teve mandado de buscas nas estações de trabalho ocupadas pelos servidores no prédio do Tribunal.
Ainda é apontado que entre as diversas participações que tinham no esquema como um todo, determinados funcionários ainda compareceram à reuniões paralelas para negociações com empresas privilegiadas pelas licitações fraudulentas.
A operação da PF, em conjunto com a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).