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DIFICULDADES Ainda não foi recenseado? Veja as orientações do IBGE O IBGE afirmou que a operação só deve ser concluída em janeiro de 2023 9 DEZ 2022 • POR Folhapress • 11h32
IBGE tem dificuldade em manter recenseadores e na colaboração da população   Arquivo

A coleta do Censo Demográfico 2022 caminha para a reta final, mas não vai terminar neste ano.

Com dificuldade para contratar e manter em campo os recenseadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmou na terça-feira (6) que a operação só deve ser concluída em janeiro de 2023.

Além da escassez de mão de obra, as recusas de parte da população em responder ao Censo também atrasaram a coleta.

Até o início desta semana, o IBGE contou 168 milhões de pessoas no Brasil, quase 80% da população estimada em 2021 (213 milhões).

Os estados mais adiantados são Piauí e Sergipe, cujos territórios já foram percorridos pelos recenseadores.

Nessas unidades da federação, o instituto planeja apenas complementar a pesquisa com as informações dos domicílios que tiveram moradores ausentes ou que se recusaram a responder aos questionários nas primeiras tentativas.

Mato Grosso, Amapá, Espírito Santo e São Paulo, por outro lado, estavam mais atrasados até o começo da semana.

A seguir, veja quais são as indicações do IBGE para quem ainda não participou da pesquisa.

O que devo fazer se o recenseador ainda não visitou a minha casa?
Se você não vive no Piauí ou em Sergipe, os locais mais adiantados do levantamento, basta aguardar a visita do recenseador, diz o IBGE.

Nos dois estados do Nordeste, moradores de domicílios ainda não recenseados podem acionar o instituto pelo número 137, diariamente, das 8h às 21h30, para participar da pesquisa.

Esse é o telefone do Disque-Censo.

Por ora, a ferramenta só está disponível em Sergipe e Piauí.

Com o avanço esperado para a coleta nas próximas semanas, o telefone também deve ficar à disposição nas demais unidades da federação.

Se o recenseador já visitou a minha casa, e eu não estava no local, o que devo fazer?
Quando não encontra as pessoas em casa, o recenseador é orientado pelo IBGE a deixar uma folha de recados com seus contatos para que um dos moradores possa acioná-lo e responder à pesquisa por telefone, agendar a entrevista presencial ou pedir para responder pela internet.

O que pode acontecer com quem se recusar a responder ao Censo?
Caso não consiga fazer as entrevistas na primeira visita ao domicílio, o IBGE afirma que o recenseador retorna ao endereço para buscar a colaboração espontânea.

Se o agente não tiver sucesso nas novas tentativas, o órgão notifica o morador, advertindo que responder ao Censo é uma obrigação prevista em lei.

"A Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, e o Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973, determinam que toda pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, é obrigada a prestar as informações solicitadas pelo IBGE", diz o instituto.

Em caso de recusa, a multa prevista é de até dez vezes o salário mínimo vigente no país (atualmente em R$ 1.212), se o infrator for primário, e de até o dobro, se for reincidente, acrescenta o órgão.

Mesmo com o pagamento da multa, a pessoa segue obrigada a prestar as informações.

Como reconhecer os recenseadores?
Os recenseadores trabalham uniformizados. Têm colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e DMC, o aparelho que registra as informações da coleta.

É possível confirmar a identidade do agente pelo telefone 0800 721 8181 ou na página online Respondendo ao IBGE (respondendo.ibge.gov.br/entrevistador).

Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer nome, matrícula ou CPF do recenseador. O crachá traz dados do profissional.

Qual é a importância do Censo?
Trata-se do levantamento mais detalhado sobre as características demográficas e socioeconômicas da população brasileira.

Os dados servem como base para políticas públicas e até decisões de investimento de empresas.

A pesquisa também baliza os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.