
Sem consenso entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) e o Sindicato Campo-Grandense dos Professores da Educação Pública (ACP-MS) acerca do reajuste salarial de 10,39% solicitado pelos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), o presidente do sindicato, Lucilio Nobre, disse ao Correio do Estado que não pode articular o modo como a Prefeitura irá alcançar o pedido dos profissionais, entretanto, salienta que o sindicato está irredutível quanto ao reajuste.
“Não chegamos a um acordo hoje, mas, de toda forma, precisamos resolver o problema”, disse Nobre.
Nesta manhã, após reunião em assembleia, os professores sinalizaram uma nova paralisação já na próxima quinta-feira (15) . Os sindicalistas aguardam uma nova proposta de Adriane Lopes (Patriota) para daqui dois dias.
Ainda no dia 02 deste mês a categoria de professores da rede municipal deu indícios de greve após Adriane Lopes descumprir o acordo firmado com ACP enquanto ela ainda atuava como vice-prefeita.
Depois disso, a Procuradoria-Geral do Município apresentou uma “tutela de urgência” ao desembargador Sérgio Fernandes Martins, do TJMS, contra o movimento grevista da ACP.
Por esse movimento da Prefeitura, os professores se viram obrigados a encerrar aquele movimento, já que estavam sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Cabe destacar que o diálogo entre prefeitura e ACP aconteceu com o presidente eleito, Gilvano Bronzoni, que assume o cargo na próxima quinta-feira (15), uma vez que o mandato de Lucilio se encerra amanhã (13).
Questionado sobre a deliberação entre Bronzoni e Adriane Lopes, Nobre destacou que a ACP já havia pontuado que o presidente eleito estaria à frente das negociações “Como em me desligo do cargo, decidimos que ele estaria à frente das tratativas com a prefeitura”, frisou.
O atual líder do sindicato disse que após a saída da ACP, seguirá próximo às atividades sindicais, entretanto, à frente das salas de aula enquanto professor.
Nobre falou que apesar de não possuir qualquer vínculo ou convite com cargos públicos, não descarta qualquer posto futuro. “Sigo como professor pelo Estado, mas não descarto outros postos, em finanças, ou mesmo na administração. Destaco que não existe nada até aqui”, finalizou.