O verão começará às 18h48min de 21 de dezembro e terminará às 18h24min de 20 de março de 2023, em Mato Grosso do Sul, de acordo com prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrahão.
As principais características do verão são altas temperaturas, abundância de chuvas, dias mais longos e noites mais curtas – amanhece cedo e escurece tarde – e aumento da umidade relativa do ar.
A estação compreende os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março.
A próxima quarta-feira (21) será o dia mais longo do ano e a noite mais curta. Nesta data o sol nascerá às 4h54min e irá se por às 18h19min. Serão 13 horas e 24 minutos de sol.
CHUVAS
A estação promete ser chuvosa e terá os maiores índices pluviométricos do ano.
Haverá chuvas intensas, temporais, tempestades, raios, trovoadas e rajadas de ventos que podem causar enchentes, inundações, transbordamentos, deslizamentos de terras, quedas de árvores e pontes, suspensão do fornecimento de energia elétrica e pane em semáforos. A queda de granizo será rara, mas não descartada.
Os maiores acumulados de chuva devem se concentrar no sul, sudeste, centro e sudoeste de Mato Grosso do Sul, com valores próximos a 200 milímetros por mês.
As chuvas serão de forte intensidade e curta duração. As pancadas terão início ao entardecer e fim ao anoitecer.
A precipitação elevada se deve à passagem de frentes e ao sistema meteorológico conhecido pro Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Confira os acumulados de chuva, em milímetros, previstos para a estação de verão, entre dezembro e março:
Município Janeiro Fevereiro Março Total Campo Grande 190 mm 210 mm 100 mm 500 mm Corumbá 105 mm 90 mm 65 mm 260 mm Coxim 240 mm 190 mm 135 mm 565 mm Dourados 140 mm 110 mm 100 mm 350 mm Ivinhema 165 mm 100 mm 90 mm 355 mm Paranaíba 200 mm 125 mm 120 mm 445 mm Ponta Porã 185 mm 135 mm 130 mm 450 mm Três Lagoas 150 mm 130 mm 90 mm 370 mmO período chuvoso deve encerrar entre 5 e 10 de março, quando o regime reduz as frequências diárias de chuvas.
Embora a previsão seja de muita chuva, esperam-se acumulados abaixo ou próximos da média esperada, em razão do fenômeno La Niña.
TEMPERATURAS
O verão será extremamente quente e abafado. As temperaturas serão elevadas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul.
Para esta estação, os termômetros devem ficar acima da média esperada, ou seja, mais calor. As temperaturas devem variar entre 19ºC e 35ºC.
As regiões sudeste, sul e sudoeste devem ter mínimas entre 20ºC e 22ºC e as máximas entre 30ºC e 32ºC. Em Campo Grande, mínimas entre 19ºC e 21ºC e máximas entre 29ºC e 32ºC. A região oeste e norte seguem com máximas acima de 34ºC e mínimas entre 24ºC e 27ºC.
DESCARGAS ELÉTRICAS
A chuva virá acompanhada de raios e descargas elétricas. Este é o período do ano com maior índice de acidentes envolvendo os fenômenos meteorológicos.
Durante trovões e raios, algumas medidas de precaução devem ser tomadas para evitar acidentes. Veja:
- Não ficar embaixo de árvores
- Ficar longe de postes elétricos
- Não ficar dentro de piscina, rios e lagos
- Ficar distante de cercas metálicas
- Não ficar descalço em enxurradas
- Ficar longe de telefones fixos e celulares
- Ficar longe de eletrônicos em tomadas
- Ficar distante de torres metálicas
- Não subir em árvores
* Em casos de tempestade, ficar dentro de casa e de carros é a melhor opção
UMIDADE DO AR
A umidade relativa do ar deve manter índices satisfatórios, sem secas e estiagens. Os valores devem ficar entre 35% e 100%.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade indicada é de 60%.
VENTOS
As rajadas de vento devem atingir valores próximos a 70 km/h, nas regiões centro-sul do Estado por conta das áreas de instabilidade, trovoadas e frentes frias.
LA NIÑA
La Niña é o fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico.
A probabilidade de ocorrer o fenômeno é de 70%, enfraquecendo a partir de abril de 2023. O La Niña é maléfico para a agricultura de Mato Grosso do Sul.
O La Niña atual começou em setembro de 2020, e, de acordo com o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), as chances do fenômeno prosseguir até fevereiro de 2023 é de 55%.