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Destino político de Tiago Vargas será definido semana que vem; em jogo, mandato de deputado estadual Vereador venceu eleição para deputado, mas condenação por indisciplina como policial impede posse 16 DEZ 2022 • POR Celso Bejarano • 17h30
Relatora negou apelação de Vargas
Relatora negou apelação de Vargas   Foto: Arquivo Correio do Estado

Semana que vem será anunciado o desfecho do julgamento acerca do recurso do vereador em Campo Grande, Tiago Vargas, do PSDB, tocado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que tenta reconquistar o direito de assumir, em janeiro, a vaga de deputado estadual.

O mandato havia sido conquistado por ele nas eleições de outubro passado, mas perdido dias depois por força de decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), em razão de uma sentença relatada antes do pleito contra o parlamentar.

Vargas, eleito vereador em 2020, foi o único do PSD que obteve votos suficientes (18,2 mil) para assumir um dos 24 mandatos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ele não teve tempo nem de festejar a vitória.

O TRE anulou os votos destinados ao vereador por ele ter sido condenado pela Justiça, em julho de 2020, por uma questão disciplinar. Vargas era investigador da Polícia Civil havia seis anos e foi expulso da força policial. Ele recorreu, mas o TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS) confirmou a sentença.

O vereador Tiago Vargas disse que sua demissão ocorreu por motivos políticos. Ele era um crítico contumaz do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB. O parlamentar fazia comentários negativos à imagem do governador, a quem já chamou de corrupto e os divulgava em suas redes sociais.

Assim que soube da impugnação da candidatura e a anulação de seus votos, Vargas recorreu. Numa primeira decisão, obteve êxito, mas logo perdeu.

Com isso, assume no lugar dele o candidato que havia ficado na primeira suplência, Pedro Pedrossian Neto (15,9 mil votos), também do PSD, ex-secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD), na gestão do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad.
Vargas prometeu recorrer até "as últimas instâncias".

A relatora do recurso do vereador, no TSE, é a ministra Carmem Silva que, nesta semana, votou contra a apelação do parlamentar. O julgamento tem sido promovido de modo virtual. Restam votos de mais seis ministros. Pela programação da corte eleitoral, o desfecho do caso deve ser anunciado na segunda-feira, dia 19.

A reportagem tentou falar nesta tarde com Tiago Vargas, via telefone, mas até a publicação deste material, não tinha conseguido.

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