Mato Grosso do Sul tem 42 de seus 79 municípios precisando de "cidades vizinhas" para destinação final de seus lixos, segundo dados do Observatório dos Lixões.
Vale ressaltar que, conforme dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Mato Grosso do Sul encontra-se na lista das 23 unidades que possuem Plano Estadual de Resíduos Sólidos finalizado, porém, não apresenta uma política estadual específica, característica de localizações modelo como Santa Catarina ou Goiás, por exemplo.
Quanto à destinação final, apenas 37 municípios fazem o descarte no próprio território.
Ficam fora dessa lista cidades que possuem grande escala territorial, como Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Maracaju e Sidrolândia.
Quando analisado o tipo da disposição desse lixo, o cenário mostra também que menos da metade das cidades de Mato Grosso do Sul tem um aterro sanitário adequado, 39 no total.
Nesse caso, ainda que 38 municípios especifiquem o uso de "lixão" para dispôr seus resíduos, no que chamam de "aterro controlado", as cidades de Caracol e Bela Vista também não informam ao CNM as medidas adotadas.
Sem planos para o lixo
Ainda segundo dados do Observatório, a ausência de um plano municipal para destinação do lixo é observada em 21 cidades de Mato Grosso do Sul, que classificam suas medidas como "em elaboração", sendo:
- Sonora
- Alcinópolis
- Corumbá
- Rio Negro
- Inocência
- Selvíria
- Água Clara
- Rochedo
- Bandeirantes
- Miranda
- Dois Irmãos do Buriti
- Anastácio
- Bonito
- Nioaque
- Guia Lopes da Laguna
- Ponta Porã
- Bela Vista
- Vicentina
- Deodápolis
- Aral Moreira
- Coronel Sapucaia
Entre as primeiras ações enquanto presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou despacho que pede à Secretaria Gederal da Presidência a elaboração de um plano que recrie o "Pró-Catador", criado no seu mandato anterior, em dezembro de 2010.
Vale destacar que, durante seu mandato, em 24 de agosto de 2020, Jair Bolsonaro revogou o "Pró-Catador", para a criação do Recicla+.
Agora, através do secretário-geral, Márcio Macêdo, está sendo criado um Grupo de Trabalho Técnico que discutirá a recriação do programa petista, com prazo de 30 dias para publicação de ato normativo.