
A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) repudiou a postura do servidor público que , partilhou, junto a um grupo de professores e funcionários de uma escola municipal de Campo Grande, uma foto em posse de um fuzil.
Segundo os próprios servidores públicos que receberam a imagem via aplicativo de mensagens, a fotografia foi partilhada no dia 31 de dezembro do ano passado, seguida dos dizeres 'tô pronto se precisar atirar em petista'.
“Entendemos que o armamento só traz violência, principalmente quando se banaliza o uso. Os próprios profissionais e policiais passam por diversos processos de treinamento. Atos assim incorrem no risco de termos armas em posse de quem sequer pode manusear armamento”, disse ao Correio do Estado, Deumeires Morais, vice-presidente da Fetems.
Segundo ela, pais de alunos além de outros trabalhadores das escolas são majoritariamente contra as posturas similares a do agente patrimonial.
Na ocasião, em sua defesa, o agente patrimonial apenas identificado com Lucas disse que estava comemorando a virada do ano, quando um conhecido teria lhe oferecido a arma para que fizesse o registro.
"Assim que mandei a foto e a mensagem, apaguei. Apaguei no mesmo minuto. A diretora da escola está ciente da situação. Eu escrevi a mensagem por engano e logo depois avisei minha chefia. A foto eu enviei errada, e a mensagem foi o corretor ortográfico", disse o agente patrimonial.
Na ocasião, o servidor público alegou que os termos foram causados pelo corretor ortográfico de seu celular.
A Secretaria Municipal de Educação se manifestou após a grande repercussão do caso, que tomou proporções nacionais nesta sexta-feira (6).
"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) esclarece que a postagem foi realizada em um grupo de WhatsApp. O servidor, que é agente patrimonial, apagou a mensagem em seguida e esclareceu que postou de maneira equivocada. A Semed lamenta o ocorrido e esclarece que não é conivente com qualquer conduta que fomente a violência.”, disse a secretaria em nota.
De acordo com a Semed, o servidor foi desligado de suas funções, entretanto, conforme o Diário Oficial do município, o agente patrimonial não havia sido exonerado de suas funções.