
Na reunião extraordinária sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo na Capital, que aconteceu nesta quinta-feira (19), Consórcio Guaicurus alegou que o aumento dos valores não é o suficiente para realizar melhorias para os usuários.
O diretor-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, questionado sobre as mudanças na qualidade do serviço, disse que com a tarifa técnica a R$ 5,80 não é possível fazer o que gostariam.
“Nós vamos manter o estado que estamos hoje, a gente não sabe se vem mais algo do estado, realmente nos achamos que temos que trabalhar, mas hoje vimos uma cliente elogiando que ganhou tempo com o corredor de ônibus. Alguma melhoria a gente sempre tem que procurar fazer né, alguma adequação de linha, alguma adequação de ônibus, mas não é da forma que a gente gostaria”.
Em relação à lotação dos ônibus, problema recorrente enfrentado pelos usuários em Campo Grande, Strengari justifica que não pode chegar a um nível crítico, porém existem custos.
“Não podemos chegar num nível crítico, não sei se já viram vídeos do ônibus no Japão, onde as pessoas conduzem as outras para dentro, não é o caso, mas nós precisamos realmente das melhorias, mas tudo é custo, cada ônibus a mais que coloco, cada quilometro que é rodado a mais é um custo, se não tiver receita”, conta.
Segundo o gerente executivo, o valor não mantém o Consórcio como deveria ser. “Nossa opinião deveria ser levada em conta, o estudo que foi apresentado aqui no Conselho dois meses atrás e no tribunal de contas com a tarifa a R$ 7,79”.
Questionado sobre os motivos do novo valor não ser suficiente, Strengari alegou além de custos são necessários investimentos. “Nós estamos com uma frota de 8 anos e é necessária essa renovação de frota, para melhorar o transporte, então nesse sentido já vai haver esse prejuízo. O salário do funcionário não tem a ver, pois já está embutido na tarifa de R$ 5,80 a necessidade seria de R$ 7,79 para realmente a gente poder trabalhar de uma forma sem necessidade de emprestar dinheiro em banco e ter subsídios”.
Em uma projeção, com a tarifa técnica a R$ 5,80, a arrecadação será de aproximadamente 14 milhões de reais.
A reunião extraordinária foi presidida pelo diretor-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Odilon Júnior, que ficou acordado a tarifa técnica fixada em R$ 5,80. Segundo a prefeita Adriane Lopes, o valor para o usuário deve ficar entre R$ 4,60 a R$ 4,80.