Em MS, embargo da China sobre exportação da carne afeta três frigoríficos
Ainda é cedo para mensurar os prejuízos em razão do embargo, mas eles surgirão de alguma forma em escala nacional
23 FEV 2023 • POR Valesca Consolaro • 13h25Após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar, nesta semana, o primeiro caso da doença conhecida como “mal da vaca louca” no Brasil, o autoembargo da China suspende a exportação, algo que afeta três frigoríficos em Mato Grosso do Sul.
Conforme explicado pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Frios e Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems), Sérgio Capuci, os únicos frigoríficos do Estado que exportam para a China são: Naturafrig, em Rochedo; FrigoSul, em Aparecida do Taboado; e Agroindustrial, em Iguatemi.
Ele destaca que ainda é cedo para mensurar os prejuízos em razão do embargo, mas já afirma que eles surgirão sim e em escala nacional.
Devem ser mais prejudicados diretamente prejudicados os estados de São Paulo e Mato Grosso, por serem os que possuem o maior número de frigoríficos habilitados nesse ramo de comercialização.
O sindicalista destaca não ter grandes preocupações até o momento, considerando que este é uma caso atípico e com solução mais simples.
“Essa doença não é contagiosa para outros animais e atingem aqueles que são mais velhos, então o embargo é mais um protocolo mesmo para conter qualquer tipo de dano”, explica.
Além disso, ainda não há registro de caso em Mato Grosso do Sul.
EntendaO primeiro caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) ou “mal da vaca louca” foi confirmado no Pará.
Nestas situações, a confirmação final é feita pelo laboratório Organização Internacional de Saúde Animal da (OIE), no Canadá.
Diante da confirmação do caso, o MAPA informa que já foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório.
O animal contaminado, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local.
O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado.
“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.