A Sesau (Secretaria de Saúde) de Campo Grande informou no fim da tarde desta quarta-feira (29) que a cidade enfrenta uma epidemia de dengue, doença que já matou um pessoa e somou 3,4 mil registros de casos no município, média de 38,6 diários.
O alerta, confirmado pela assessoria de imprensa da secretaria, foi tratado num informativo denominado “comunicado de risco”, que diz: “tem como objetivo apoiar na divulgação rápida e eficaz de conhecimentos às populações, parceiros e partes intervenientes possibilitando o acesso às informações fidedignas que possam apoiar nos diálogos para tomada de medidas de proteção e controle em situações de emergência em saúde pública”.
Ainda de acordo com o comunicado da Sesau “em 22 de março de 2023, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) foi acionado e apresentado o aumento de 20% nos atendimentos com sintomatologia de dengue na rede de urgência (UPA e CRS) assim como o aumento das notificações de dengue ultrapassando o limiar epidêmico”. Por estas razões, a Sesau anunciou alerta sobre a epidemia.
EM TODO MS
Até segunda-feira passada (27), dados fornecidos pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde de Mato Grossod o Sul revelou que, nas primeiras 11 semanas de 2023, foram registrados 16.723 casos prováveis da doença.
Até então, segundo o boletim, sete óbitos foram confirmados em MS, e três ainda estão sob investigação.
AUMENTO SAZONAL
Em recente entrevista ao Correio do Estado no mês, a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Veruska Lahdo, destacou que o Estado e a Capital estão passando por um período sazonal de aumento de casos ocasionados pelo mosquito Aedes aegypti.
Segundo Veruska, no verão, era comum o aumento significativo das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e febre chikungunya.
“E em no nosso município [Campo Grande] temos a circulação desses três vírus, por isso, é importante reforçarmos a toda a população os cuidados necessários para evitar essas arboviroses”, salientou Veruska.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, desde novembro do ano passado, a Sesau vem intensificando o trabalho de controle desses vetores por meio da Operação Mosquito Zero, realizada nas sete regiões da Capital, e de todas as ações de rotina, como visitas às casas, feitas pelos agentes de endemia.