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ECONOMIA INPC de Campo Grande sobe 0,72% e ocupa a oitava posição entre as capitais com os maiores índices Em fevereiro deste ano a taxa era de 0,48%; apesar do aumento, a capital não apresentou o pior cenário, afirma economista 12 ABR 2023 • POR Patrick Rosel • 15h20
  Arquivo/Correio do Estado

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) subiu 0,72% em Campo Grande no mês de março, uma variação de 0,24 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023, quando a taxa ficou em 0,48%. No ano o INPC na Capital acumulou uma alta de 1,86%, e em 12 meses 3,23%

Ao Correio do Estado, o economista Eduardo Matos, explicou que o índice é usado para medir a inflação e corrigir o poder de compra a partir da avaliação dos preços médios de produtos e serviços como alimentação e bebidas, vestuário, transporte, habitação, entre outros. 

"Se há aumento nesse índice, é um indicativo que a população está pagando a mais por sua cesta de consumo se comparado com o período anterior ao aumento", explicou Matos.

A partir deste resultado, Campo Grande ocupa a oitava colocação entre as dezesseis capitais avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), ficando atrás apenas de Porto Alegre (1,37%), Brasília (1,10%), Curitiba (1,06%), Belém (0,91), Rio Branco (0,80), Goiânia (0,75) e Grande Vitória (0,73).

"É um aumento significativo, no entanto no comparativo com as demais capitais, Campo Grande figura a oitava colocação, isto é, não é a capital com a maior variação. Isso significa que o custo de vida em Campo Grande, apesar de ter sofrido considerável alta, na média das capitais não teve pior cenário", afirmou o economista. 

O desempenho de Campo Grande no mês de março foi puxado especialmente pelos setores de transportes (2,98%), quando houve reajuste no transporte público a partir de 1º de março, vestuário (1,45%), despesas pessoais (0,57%), saúde e cuidados pessoais (0,50%), comunicação (0,36) e alimentos e bebidas (0,20).

Os únicos dois setores que tiveram variações negativas em Campo Grande, em março deste ano, foram artigos de residência (-0,65%), habitação (-0,21%) e educação (-0,04).

Esta faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertura populacional de 50% das famílias cuja pessoa de referência é assalariada e pertencente às áreas urbanas de cobertura do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC).

Os dados apresentados foram divulgados nesta terça-feira (11), pelo IBGE, a partir de comparativo entre os preços coletados entre 1º de março de 2023 e 29 de março de 2023 (período de referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (base).

Nacional

O INPC teve alta de 0,64% em março, abaixo do registrado no mês anterior (0,77%). No ano, o INPC acumula alta de 1,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,36%, abaixo dos 5,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

Em março de 2022, a taxa foi de 1,71%. Os produtos alimentícios registraram queda de 0,07% em março, após alta de 0,04% em fevereiro. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,87%, desacelerando em relação ao resultado de 1,01% observado em fevereiro. Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram variação positiva em março. 

O menor resultado foi registrado em Belo Horizonte (0,26%), onde pesaram as quedas nos preços da batata-inglesa (-18,88%) e das frutas (-11,60%). A maior variação, por sua vez, ocorreu em Porto Alegre (1,37%), puxada pelas altas de 10,63% da gasolina e de 9,69% da energia elétrica.

Saiba

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país. Em Campo Grande as pesquisas começaram a ser realizadas a partir de janeiro de 2014.

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