Rita Lee "vingou" confusão de nomes entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

Durante show no estado vizinho, a cantora agradeceu o carinho do "povo de Mato Grosso do Sul", e foi alvo de críticas de mato-grossenses

Quem mora em Mato Grosso do Sul sabe como é comum ter que corrigir visitantes que ainda confundem o nome do estado com o de seu vizinho, Mato Grosso.

Em shows e eventos, quando a atração erra o nome, é comum ouvir um coro corrigindo e acrescentando "DO SUL".

Em 22 de julho de 2011, durante seu show de abertura no Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, a ícone do rock nacional, Rita Lee, "vingou" a frustração dos sul-mato-grossenses, agradecendo o "povo de Mato Grosso do Sul" pelo acolhimento.

Na época, a cantora, compositora e multi-instrumentista foi alvo de críticas de fãs do Mato Grosso. Em suas redes sociais, Rita Lee amitiu o erro, mas se mostrou revoltada com as reclamações:

Em resposta, alguns fãs tranquilizaram a cantora, dizendo que a confusão de nomes era comum.

No mesmo ano (2011), Rita Lee esteve na capital sul-mato-grossense, em um show gratuito no Festival MS Canta Brasil, onde cantou para cerca de 70 mil pessoas.

Na ocasião, a rainha do rock dividiu palco com o trio sul-mato-grossense Hermanos Imãos, composto por Jerry Espíndola, Márcio de Camillo e Rodrigo Teixeira.

Em suas redes sociais, Márcio de Camillo se despediu da artista e referência na música.

"Benção Rita Lee!
Suas canções vão existir sempre em nossos corações!

Uma lembrança linda no camarim do penúltimo show que Rita fez em sua vida. Foi em Campo Grande-MS. Pra nós do Hermanos Irmãos foi emblemático! Abrir esse show da rainha foi emocionante.
Obrigado Rita, sempre e pra sempre!", escreveu

Esse foi o penúltimo show da carreira de Rita Lee, que anunciou sua despedida dos palcos no ano seguinte. 

“Me aposento dos shows, mas da música nunca”, publicou em suas redes sociais à época.

A rainha do rock nacional morreu na noite da última segunda-feira (8), acompanhada de sua família, em sua residência, localizada em São Paulo. 

Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021, e deu início aos tratamentos. Desde então, esteve reclusa em um sítio com sua família.

Em sua autobiografia, a cantora escreveu sobre sua morte:

Profecia

Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão "Ovelha negra, as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: "Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk". Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: "Thank you Lord, finally sedated"u.
Epitáfio: Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.

O velório da cantora será aberto ao público, no Planetário do Ibirapuera, em São Paulo, na quarta (10), das 10h às 17h.

A pedido da cantora, o corpo dela será cremado. A cerimônia será restrita a família e amigos.

"Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos", escreveu o marido da artista, o músico Roberto de Carvalho, em postagem no Instagram.
 

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