O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, nesta quinta-feira (18), a Operação Tromper, que tem como alvo grupo criminoso que participava de esquema de corrupção e fraudes em licitações, em Sidrolândia.
Na ação, que conta com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o site Região News, entre os locais onde foram cumpridos os mandados estão casas de servidores municipais, empresas prestadoras de serviços da administração municipal e uma garagem de veículos.
Conforme o Ministério Público, investigações apontaram a existência de um esquema de corrupção na atividade administrativa de Sidrolândia, envolvendo empresas que prestam serviço para a prefeitura e servidores, entre outros.
Ainda segundo apurou a investigação, o esquema de corrupção funcionava, pelo menos, desde 2017, e era destinado à obtenção de vantagens ilícitas.
Essas vantagens vinham por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal.
Para dar legitimidade ao esquema fraudulento e aos processos de licitação, onde promoviam o desvio de recursos públicos reservados para a execução dos contratos, os investigados viabilizavam a abertura de empresas e o registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) ou se aproveitavam da existência de cadastramento preexistente para incrementar o objeto social sem que o estabelecimento comercial apresentasse experiência, estrutura ou capacidade técnica para a execução do serviço contratado ou fornecimento do material adquirido pelo Município.
O Ministério Público não divulgou quais são os alvos, o prejuízo causado pelo esquema criminoso e nem quais foram as apreensões realizadas.
Prefeitura acompanha
Em nota, a prefeitura de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), disse que está acompanhando o desdobramento da operação e que seu dever é "zelar pela integridade", "transparência e legalidade de todas as ações realizadas em sua gestão.
"Por essa razão, vamos aguardar o deslinde da operação para adotar as providências e prestar os esclarecimentos necessários à população, de forma responsável e imparcial", disse a prefeita na nota.
Ainda conforme Vanda, a rotina de trabalho administrativa em todas as secretarias segue normal.
O nome da operação, Tromper, é devido ao verbo da língua francesa, que em tradução significa "enganar".