Logo Correio do Estado

BIODIVERSIDADE EM RISCO MS tem 67 espécies ameaçadas de extinção em seus três biomas Lobo-guará, sapo mão-vermelha-do-chaco e bugio aparecem como vulneráveis, entre outros animais criticamente em perigo 28 MAI 2023 • POR Leo Ribeiro • 16h59
Mamíferos; anfíbios; invertebrados de água doce e até peixes continentais de Mato Grosso do Sul aparecem com potencial risco de extinção   Reprodução/ Pixabay/e Leandro Bareiro Guiñazú

Compreendendo Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica em seu território, Mato Grosso do Sul lista pelo menos 67 espécies em seu território que estão próximas da extinção, sendo dois desses biomas os principais com maior número de espécies ameaçadas. 

Esses dados são compilados na pesquisa “Contas de ecossistemas: espécies ameaçadas de extinção no Brasil”, em listas elaboradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ).

Nessa lista de **espécies ameaçadas em MS aparecem: 21 espécies de aves; 21 mamíferos; 13 peixes continentais; além de répteis; invertebrados terrestres e de água doce e anfíbios classificados nas seguintes categorias. 

Conforme atualização divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contabiliza mais de 50 mil espécies de plantas e outras 125.251 de animais em sua fauna. 

Leonardo Bergamini foi responsável por coordenar a pesquisa, ele observa que o total de espécies avaliados é proporcionalmente pequeno ao total reconhecido e que, justamente os trabalhos de catalogação ajudam a trazer nortes para políticas públicas adequadas para proteger o meio ambiente. 

Biomas de MS

Dos biomas que passam por Mato Grosso do Sul, apenas o Pantanal aparece como uma "despreocupação", já que segue como aquele que tem o menor número de espécies ameaçadas. 

Fora esses, o Cerrado já começa a demonstrar uma situação preocupante, já que concentra o segundo maior número (1.199) de espécies ameaçadas. 

Acima dele, somente a Mata Atlântica, que segue registrando o maior número de espécies avaliadas (11.811), das quais 2.845 aparecem com o risco de entrar para lista de animais extintos. 

“Isso deve-se a maior presença de ambientes antropizados, ou seja, onde houve ação humana, por conta do histórico de ocupação e urbanização, a partir do litoral, na formação do território brasileiro”, diz Bergamini.

Ainda na Mata Atlântica, o bioma também mantém-se como o maior no ranking de espécies extintas, saltando de sete para oito com a inclusão recente da Perereca-gladiadora-de-sino. 

Entre os mamíferos, o tradicional macaco bugio; o lobo-guará; o jaguarundi, também chamado eirá ou gato-mourisco; o mico-leão-preto e até o veado-mão-curta aparecem na lista como vulneráveis. 

No grupo de vulneráveis são listados o calango; o carismático sapo Mão-vermelha-do-chaco e até mesmo o tamanduá-bandeira. 

Já entre os "criticamente em perigo" aparecem peixes continentais como a Piracanjuba; invertebrados como a borboleta-rabo-de-andorinha e aves, como o Aracuã. **(Com assessoria)


Assine o Correio do Estado