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MATO GROSSO DO SUL Apreensão de armas de fogo aumentou 9,54% só nos primeiros meses do ano O número representa um aumento de 52 armas a mais entre janeiro e maio de 2023 comparado ao mesmo período do ano anterior 31 MAI 2023 • POR Patrick Rosel • 14h50
Nas rodovias do Estado, em 2022 foram apreendidas 13 armas de fogo, só nos primeiros meses de 2023 já foram apreendidas 11   Arquivo/Correio do Estado

O número de apreensões de armas de fogo em Mato Grosso do Sul aumentou 9,54% entre janeiro e maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

De acordo com os dados levantados, foram apreendidas 597 armas em 2023, entre o primeiro dia do ano e 14 de maio. Em 2022,  a quantidade apreendida foi de 545 armas no mesmo período, o número representa um aumento de 52 armas.

Para o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, os números são resultados da ampliação do trabalho da polícia de fiscalização e atuação nas rodovias do Estado.

"Os números positivos são resultado do policiamento preventivo, principalmente na Capital, incrementado com a Obtenção de Capacidade Operacional Plena (OCOP), um programa que triplicou o número de viaturas de forma preventiva. Além do trabalho de policiamento já desenvolvido nas rodovias", afirmou o secretário 

O levantamento da Sejusp mostra ainda que no ano de 2020 foram apreendidas um total de 1.639 armas e no ano seguinte 1.702 armas. Já em 2022 as forças estaduais de segurança tiraram de circulação em Mato Grosso do Sul 1.560 armas de fogo, o que representou uma queda em comparação aos dois anos anteriores.

Fronteira e Divisa

De acordo com Antonio Carlos Vieira, a fronteira é um dos principais fatores para o aumento de armas apreendidas. "Mato Grosso do Sul, fazendo fronteira com Paraguai e Bolívia, na grande extensão de mais de 1.500 quilômetros de fronteira seca, tem uma expansão do número de vias que permite adentrar no nosso território todos os tipos de ilícitos transfronteiriços, como armas e drogas".

Segundo Vieira, para enfrentar esse tipo de modalidade criminosa exige a participação dos órgãos da segurança pública Estadual e Federal no Mato Grosso do Sul e ainda a expansão das ações para as divisas do Estado.

"Quando implementamos a fiscalização não só na fronteira, mas nas divisas (com os estados), aumentamos o volume de apreensões de armas e munições e produtos contrabandeados, inclusive de cocaína. Foram instalados radares em Porto Murtinho, Ponta Porã e Corumbá. Esses radares fiscalizam aeronaves de tráfego aéreo de baixa altitude que são empregados principalmente para o transporte de cocaína e armas longas, como o fuzil".

As aeronaves que são apreendidas e interceptadas fizeram com o que o crime organizado migrasse o transporte destes produtos para vias terrestres e fluviais. "Diante disso, temos um aumento do volume de drogas apreendidas, temos um volume de apreensões de armas e munições em decorrência da demanda, principalmente dos grandes centros", afirmou Vieira.

"Em Mato Grosso do Sul, por sermos corredor para estes grandes centros consumidores, temos robustecido o policiamento, justamente como uma forma, não só de reprimir crimes dentro do nosso território, mas para também colaborar com o restante do país, coibindo os ilícitos que passam pelas nossas vias e tem como destino os grandes centros consumidores e daqui para outros países e continentes", explicou o secretário.

Segundo o diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Everson Antonio Rozeni, as ações que promovem a busca por armamento irregular têm sido reforçadas. "Temos intensificado as buscas para localizar armas, o que tem aumentado as apreensões. A maioria das armas irregulares apreendidas pelo DOF são armas pequenas, revólveres e pistolas".

Rodovia

Nas rodovias do Estado, conforme o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) a quantidade de armas apreendidas teve aumento significativo. Em 2022 foram apreendidas 13 armas nas rodovias do Estado. Em 2023, só no primeiro semestre, que ainda nem chegou ao fim, já foram apreendidas 11 armas.

Para o major do BPMRv, Clayton da Silva Santos, os treinamentos têm sido aperfeiçoados com cursos especializados para uma fiscalização mais atenta nas ações desenvolvidas.

"O aperfeiçoamento dos policiais, com o Curso de Especialização de Policiamento Rodoviário, que além de nos dar maiores conhecimento de fiscalização de trânsito, nos deu maiores noções de abordagem e fiscalização no que tange ao acometimento de ilícitos, faz a diferença nas ações desenvolvidas", afirmou o major.

Segundo ele, o Estado também "proporcionou o curso de Aperfeiçoamento Tático Ostensivo Rodoviário, que opera única e exclusivamente na questão criminal, no combate ao tráfico de drogas e armas", acrescentou.

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