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BRASÍLIA "Gordinho do Bolsonaro" é único deputado de MS a assinar pedido de impeachment de Lula Deputado federal foi o único da bancada da bancada local a assinar pedido e também incluiu como justificativa a indicação de Zanin ao STF 9 JUN 2023 • POR Ana Clara Santos • 17h15
Bolsonarista, Rodolfo Nogueira é único deputado de MS a assinar pedido para derrubar Lula   Arquivo

Único deputado federal de Mato Grosso do Sul a assinar o pedido de destituição do presidente da República Inácio Lula da Silva (PT), Rodolfo Nogueira (PL), diz que o Chefe de Estado não representa o Brasil ao receber Nicolás Maduro, presidente da Venezuela “com honras” em visita oficial ao país. O encontro entre o petista e o venezuelano aconteceu no dia 31 de maio. 

De acordo com ele, o principal motivo para o pedido de afastamento, feito  pelo parlamentar Sanderson, do PL do Rio Grande do Sul, é o convite que Lula fez para que Maduro visitasse o Brasil. Este já é o segundo pedido de impeachment do presidente protocolado pelo deputado gaúcho em seis meses de governo petista. 

Rodolfo, fiel seguidor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o país não pode compactuar com esta atitude de Lula e seria errado ficar calado diante deste acontecimento, que o parlamentar classificou como “afronta”. 

Não podemos compactuar com esse tipo de comportamento. Um absurdo um chefe de estado tentar construir uma narrativa grosseira de que Maduro não é um ditador”, disse Nogueira em nota, acrescentando que, além disso, o presidente venezuelano seria um “narcoditador” e genocida. 

Outro ponto levantado pelo deputado é o fato de que o presidente indicou Cristiano Zanin para a próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin é advogado pessoal do petista e o defendeu durante todo o processo na Lava-Jato. 

A indicação foi feita no dia 1º deste mês e, se aprovada a indicação, ele deve ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski, que se aposentou no dia 11 de abril. O advogado foi responsável foi protocolar a ação que anulou todas as condenações de Lula durante a operação Lava-Jato. 

“Sem contar com a indicação de um advogado ‘amigo’ e aliado  que o livrou de vários crimes. O Brasil não é isso”, pontuou Nogueira. 

Importante ressaltar que para Lula realmente sofra um pedido de impeachment é preciso mais que protocolá-lo na Câmara. Também é necessário que o presidente do parlamento, Arthur Lira (PP), faça a análise e o coloque em votação. 

Cumprindo seu primeiro mandato como deputado federal, Rodolfo alavancou sua campanha eleitoral na esteira do bolsonarismo, inclusive se autodenominando como “Gordinho do Bolsonaro”.

Também do PL,  o deputado federal Marcos Pollon conseguiu ocupar uma cadeira na Câmara na mesma onda direitista conservadora, contudo, não acompanhou o colega de partido na petição. Quem também se absteve de assinar o pedido foi Luiz Ovando (PP), que também é oposição do governo.

Ao Correio do Estado, Luiz Ovando disse que não teve acesso ao pedido para poder assinar porque o documento ficou restrito a um grupo de parlamentares específicos. 

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