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CASCALHOS DE AREIA

Autor diz que CPI pode ser rejeitada e presidente da Câmara quer provas mais robustas

Vereador André Luiz afirma que Carlão não irá apoiar a CPI por ser da base de Adriane, mas Carlão afirma que apuração só será aberta se forem apresentados fatos mais concretos

22 JUN 2023 • POR Ana Clara Santos • 18h44
ALS é uma das empresas investigadas na operação "Cascalhos de Areia"; vereador quer CPI sobre o caso   Marcelo Victor/Correio do Estado

Após propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre suposta corrupção na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, o vereador Professor André Luiz (REDE) afirmou que as negociações para conseguir apoio continuam, contudo, acredita que o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão, não irá assinar o pedido. 

Ao Correio do Estado, o vereador explicou que será difícil fazer com que o presidente da Casa de Leis apoie o requerimento ou autorize a abertura da investigação, uma vez que Carlão é da base de apoio do governo de Adriane Lopes (PP). 

Mesmo que a prefeita não tenha sido citada na operação “Cascalhos de Areia”, uma CPI pode mirar seu mandato, já que ela assumiu como vice, sucedendo Marquinhos Trad (PSD), que está entre os investigados.

Ainda de acordo com o parlamentar, o presidente afirmou, durante sua fala na sessão desta quinta-feira (22), que para abrir uma CPI na Casa seria necessário provas mais robustas para abrir uma investigação sobre os supostos esquemas 

“Ele fez um comentário sobre precisar de provas mais robustas, então, não está considerando as denúncias. Acredito que não passar uma CPI dessas seria uma vergonha para a Casa”, destacou Luis. 

André Luis adiantou que pretende conversar com outros vereadores para que eles assinem o pedido. Ainda de acordo com ele, se o requerimento passar será com o mínimo de assinaturas, mas ele “fará sua parte como vereador”. 

Um dos citados por André é o vereador Ronilço Guerreiro. Ao Correio do Estado, o vereador afirmou que ainda não teve acesso às informações apresentadas no requerimento, mas irá conversar com a bancada de seu partido, o Podemos. 

“Eu assinei duas vezes a CPI do Consórcio Guaicurus, não tenho problema em assinar, mas vou ler amanhã o pedido e conversar com a bancada do Podemos”, afirmou. 

Por outro lado, o presidente da Casa de Leis, vereador Carlão,  afirmou que para abrir um inquérito parlamentar precisa de um fato mais concreto porque “uma CPI generalizada pode levar a nada”. 

O parlamentar pontua que será necessário ter informações sobre os contratos que estão sob investigação para fazer realizar a CPI apenas com que apresentaram problemas. O vereador ainda afirmou que sobre a Sisep não teria um fato determinado que faria com que a Casa abrisse uma CPI. 

“Eu sou a favor de ter informação dos contratos. Tendo as 10 assinaturas e a Procuradoria sendo favorável, com certeza será aberta”, finaliza, enfatizando que sem um fato concreto a Procuradoria Geral da Câmara pode não autorizar a abertura da comissão.

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