Aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a dose da vacina contra a dengue custa entre R$ 475 e R$ 650 em Campo Grande.
De responsabilidade da farmacêutica japonesa Takeda, o imunizante está disponível em algumas clínicas particulares da capital sul-mato-grossense.
Reconhecido como Qdenga, o produto possui eficácia de 80% contra o vírus. De acordo com o levantamento realizado pelo Correio do Estado nesta sexta-feira (30), a dose mais cara do imunizante custa R$ 650 na clínica Vaccine Care, situada no Jardim dos Estados.
O valor corresponde ao preço integral do imunizante, sem qualquer desconto. Àquele que possui convênio médico, pode tomar a vacina por R$ 585, mediante pagamento à vista ou pagar R$ 605 no cartão de crédito em até 10 parcelas. Cerca de 2,5 km distante, a dose da vacina custa R$ 600 à prazo na Vaccini - Clínica de Vacinação e R$ 522 mediante pagamento à vista.
Quem optar pelo parcelamento, pode quitar a dose em até 6 vezes no cartão de crédito. Terceiro lugar pesquisado, a vacina custa R$ 505 à vista no Centro de Imunização Imunitá, localizado na Rua Pedro Celestino, ao passo que pode ser vendida por R$ 595, ou em R$ 535, dividido em quatro parcelas no cartão de crédito. Com valor mais baixo, o imunizante é comercializado a R$ 475 na Sabin - diagnóstico e saúde. Quem optar pelo parcelamento, pode tomar a vacina mediante quatro parcelas no cartão de crédito. A clínica possui sete unidades em Campo Grande.
Por definição da Anvisa, a vacina deverá ser administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. Ou seja, quem completar o esquema vacinal completo, desembolsará entre R$ 950 e R$ 1,3 mil.
Até o momento, o Ministério da Saúde não definiu se a vacina será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Para que isso aconteça, o produto deve passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em processo com ao menos seis meses.
No mês de junho, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) registrou 399 casos de dengue em Campo Grande, número 83,5% inferior ao registrado no mês anterior, menor índice da série histórica divulgada nesta quarta-feira (28), que compreende todo o ano de 2022 e o primeiro semestre de 2023.
Do dia 1º de janeiro ao dia 24 de junho foram notificados 13.153 casos de dengue no município e 4 óbitos. No mesmo período, a Capital registrou três casos de Zika e oito de chikungunya.
Em março deste ano, Campo Grande chegou a registrar 3.701 notificações de dengue, o que colocou a capital em situação de epidemia.
Mortes
De acordo com o último boletim epidemiológico da dengue, já são 30 mortes neste ano. Os óbitos em razão do vírus são os mais elevados desde 2020, período com 42 mortes contabilizadas.
Conforme o último relatório, o período com maior número de mortes foi em março deste ano, 13 ao todo. Os municípios com mais óbitos registrados são: Três Lagoas (6), Dourados (5), e Campo Grande (4).
Mortes também foram registradas em Aparecida do Taboado, Aquidauana, Rio Verde de Mato Grosso, Laguna Carapã, Juti, Naviraí, Amambai, Bela Vista, Ribas do Rio Pardo, Brasilândia, Guia Lopes da Laguna e Mundo Novo.