A prefeitura de Campo Grande instituiu, nesta quarta-feira (12), um Grupo Técnico para estudo da viabilidade de implantação do sistema de bicicletas compartilhadas.
O uso de bicicletas compartilhadas já é comum em algumas metrópoles do País e também no exterior.
Conforme a prefeitura, o grupo técnico já apresentou uma minuta de lei para implementar o sistema na Capital, que já foi aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU).
"O próximo passo será encaminhar o documento para a Câmara Municipal. Após isso, é feito um Edital de chamamento e a abertura para consulta pública até a viabilização da contratação do serviço", disse a prefeitura, em nota.
O projeto prevê diretrizes do sistema compartilhamento de bicicleta, serviço de compartilhamento de bicicletas, a tarifa de aluguel a ser cobrada, implantação das estações, fiscalização, sanções, entre outros detalhes.
Ainda segundo o Executivo Municipal, o objetivo é fomentar o uso da bicicleta como um meio de transporte, porque, além de ser saudável e não poluente, traz vantagens, como redução do tráfego de veículos automotores e redução de CO2, entre outros.
Desde o ano passado, o número dessas bicicletas cresceu principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, segundo a Tembici. A empresa administra a rede carioca e um dos sistemas em operação na capital paulista.
A mesma empresa ainda mantém sistemas de bicicleta compartilhada em cidades como Porto Alegre, Brasília, Vila Velha (ES) e no Grande Recife.
Em todas as redes administradas pela empresa houve, em um ano, o aumento de 35% nas viagens.
“Apesar do crescimento de adeptos da bike como meio de transporte, ainda enfrentamos uma indústria muito forte e sustentada por uma cultura de uso do automóvel particular. Lançamos recentemente uma ferramenta que calcula e compara o gasto de todos os modais com base nas distâncias. Um trajeto diário de 5 km, por exemplo, sai por mais de R$ 980 no mês, quando feito de carro, enquanto no transporte público o gasto é em média R$ 230 e com a bike compartilhada fica em torno de R$ 29,90, a depender da cidade”, explica Mauricio Villar, cofundador da Tembici.
Sobre os plano em Campo Grande
O grupo instituído pela prefeitura será composto por quatro membros titulares e mais quatro suplentes, todos representantes do Poder Executivo Municipal.
Logo, o grupo contará com pessoas da Subsecretaria de Gestão e Projetos
Estratégicos (SUGEPE); da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN); da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (PLANURB); e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR).
“Os membros do Grupo Técnico serão oficialmente indicados pelos respectivos órgãos e entidades à SUGEPE e designados por ato da Prefeita Municipal”, informa o texto da publicação do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).
Mudanças de hábitos
Desde 2020, tem aumentado o número de ciclistas em todo o território nacional. Em Campo Grande, o cenário não é diferente. Os motivos da procura vão desde o preço da gasolina até a busca por um transporte que proporcione novos hábitos de saúde.
Hoje, Campo Grande conta uma extensão de 94 km de estrutura cicloviária que ainda não é conectada entre si.
A estrutura cicloviária abrange tudo o que diz respeito à mobilidade com bicicletas – ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, calçadas compartilhadas, bicicletários, entre outros.
Segundo dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), em 2020, a venda de bicicletas registrou um aumento de 50% em comparação com 2019.
Já em 2021, no primeiro semestre, o aumento foi contínuo, com um crescimento de 34% das vendas em comparação a 2020.
Os dados abrangem um levantamento com informações de centenas de lojistas, fabricantes e montadores de todo país.
* Com informações da Agência Brasil
* Matéria atualizada às 14h57 para acréscimo de informações